Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Puhl, João Ivo |
Orientador(a): |
Martins, Maria Cristina Bohn |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10922
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Resumo: |
Esta tese analisa o processo de territorializações operadas entre 1953-2006, por comunidades rurais chiquitanas relacionadas com ex-reduções jesuíticas na Província de Velasco - Departamento de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. A partir de fontes escritas, audiovisuais e orais, bem como de manifestações do patrimônio material e imaterial, observamos que estas territorializações e as identidades étnicas a ela ligadas, apresentam continuidades e rupturas no tempo. Na tentativa de compreender este processo, analisamos a comunidade chiquitana, entendida como a expressão de uma realidade complexa e heterogênea, é um conceito ambíguo, articulando populações que mantêm relações primárias, opera na organização de estruturas, cargos, funções e formas de decisões; relaciona território e manejo conforme costumes ou tradições específicas; mantém práticas culturais comuns como territorializar, celebrar, festejar, instituir lugares da memória, comunicar-se em idioma próprio, etc. Mostramos que, sem territórios comunais e organização, não há comunidades chiquitanas na Bolívia. A organização política e de poder nas comunidades, no movimento étnico verticalizado ou na articulação com outros povos indígenas, aparece como novidade política. Esta novidade despertou, no discurso e na prática, a disputa de poderes estatais em vários níveis e na retomada da justiça comunitária, conforme os usos e costumes, reconhecidos em lei. Ressaltamos conquistas e aprendizados destes chiquitanos que apontam para estratégias futuras nas organizações de comunidades indígenas, no apoio de ONGs, da Igreja Católica, de universidades, de empresas e do Estado boliviano nos seus diversos níveis e áreas. |