Língua brasileira de sinais e língua portuguesa no ensino médio: uma proposta de ensino com foco na língua e cultura surda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ildebrand, Isaias dos Santos
Orientador(a): Fronza, Cátia de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9333
Resumo: A Libras vem conquistando espaço em pesquisas e instituições brasileiras, contribuindo para as novas semioses que se concentram nas aulas de língua(s). Por ser uma língua de modalidade viso-espacial (GROSJEAN, 1994a; SWANWICK, 2000; QUADROS; KARNOPP, 2004), sua aprendizagem vem sendo entendida como conhecimento substancial mediante as prescrições que guiam a Educação do Brasil (BRASIL, 2018), justificando a sua importância para além das escolas de surdos. Essas considerações dialogam com esta dissertação de mestrado que teve como meta principal apresentar e analisar uma proposta de ensino com foco na língua, linguagem e cultura surda nas aulas de língua materna de alunos ouvintes do 3º ano do Ensino Médio Politécnico. Como metodologia, a pesquisa-ação colaborativa legitimou o caminho para o desenvolvimento da proposta mediante um projeto de ensino (PIMENTA, 2005; WELLS, 2009; THIOLLENT, 2011; PESSÔA, 2018) organizado por etapas, analisadas à luz do(s) (multi)letramento(s) (KLEIMAN, 2007; BORTONI-RICARDO et al., 2010; ROJO; MOURA 2012; STREET, 2014) e dos estudos sobre a linguagem. (FRANCHI, 1992; GERALDI, 1996; KLEIMAN, 2005; HEATH, 2012; SOARES, 2016). Revela-se que a aula de língua materna foi um vetor para mobilizar novos modos de envolver os discentes nas linguagens contemporâneas. Atividades de leitura, de sinalização e de produção com diferentes modalidades de língua(gem) foram propiciadas pelo trabalho com a Libras, ao mesmo tempo em que as experiências dos alunos e do professor e suas relações com a tecnologia também foram mobilizadas. Dessa forma, amplia-se o escopo da Libras, possibilitando seu uso em uma realidade que não depende deste idioma. Assume-se, portanto, que, por meio do conhecimento e da compreensão da Libras e da cultura surda, oportunizam-se e valorizam-se caminhos possíveis para a interação entre surdos e ouvintes, perspectivas inclusivas, inserindo a Libras e a cultura surda, além de ressignificar (EITELVEN; FRONZA, 2012) os sentidos e a aprendizagem (BAKHTIN, 1979) produzidos nas aulas de língua(s) na escola