A representação mental do nome na Língua Portuguesa e em Libras
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19569 |
Resumo: | Ensinar e aprender a ‘ler e escrever’ são duas ações que atravessam professores e alunos. Primeiro, porque são esses dois sujeitos que estão dentro de sala de aula vivenciando todo o processo de alfabetização e letramento, um com a responsabilidade de ensinar e o outro com a preocupação de aprender. Segundo, são indivíduos com experiências de vida e modos de pensamentos totalmente subjetivos, que muitas vezes não se enquadram no modelo acadêmico-cartesiano que a escola mantém em sua estrutura educacional. Esse conflito ocorre com qualquer professor e aluno, porém, quando a problemática é os processos de ensino e de aprendizagem da leitura e da escrita da Língua Portuguesa para alunos surdos profundos, usuários da Libras, a questão se torna ainda mais complexa. Neste sentido, essa dissertação objetiva discutir a representação mental do nome na Língua Portuguesa e na Libras, analisando se ambas compartilham de semelhanças ou diferenças em suas estruturas gramaticais. Esse é um ponto primordial para iniciar uma discussão sobre como elaborar estratégias de letramento e alfabetização para alunos surdos, pois muitas vezes professores e instituição escolar desconhecem as particularidades das estruturas de ambas as línguas. Foi dada maior atenção ao nome, por ser uma classe gramatical cujo ensino é mais sistematizado no ambiente escolar, e a forma como esta classe é representada particularmente e respectivamente na Libras e na Língua Portuguesa, isto é: no Português a estrutura é sequencial e linear, cuja organização objetiva representar o nome através de várias elementos com funções diferentes dentro de uma mesma oração; já em uma língua viso-espacial como é a Libras, o nome é representado de forma global, na qual um elemento aglutina diferentes funções gramaticais e é materializado por várias composições visuais. Portanto, essa pesquisa tem como metodologia dois percursos, um de base teórico-conceitual que propõem a teorização das estruturas gramaticais das línguas em questão; e outro empírico, pois para realizar as análises descritivas dos trechos retirados de poemas e frases, escolhidas especialmente a fim de avaliar cada recurso gramatical foi necessário também as vivências da autora nas observações dos textos dos alunos surdos, pois apenas os pressupostos teóricos não foram suficientes para refletir sobre as diferenças ou semelhanças gramaticais dessas línguas, com o intuito de embasar a elaboração de estratégias e possibilidades do ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos. Com essas análises chegamos a algumas considerações que são relevantes a educação de surdos, que é a Libras não ter sinais que represente alguns conectivos em Português (artigos, preposições, locuções prepositivas, etc), porém essa ausência não prejudica a compreensão e transmissão da informação para esses sujeitos. |