A produção de cartas das mulheres do Programa Mulheres Mil como objeto de pesquisa em História da Educação (Campus Açailândia – MA, 2012-2013)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Frazão, Raquel Cardoso
Orientador(a): Grazziotin, Luciane Sgarbi Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7484
Resumo: Essa pesquisa tematiza a produção de cartas pelas alunas do Programa Mulheres Mil, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, nos anos de 2012 a 2013, na cidade maranhense de Açailândia. O tema da pesquisa insere-se no campo da História da Educação e ancora-se nos pressupostos da História Cultural. O objetivo geral do estudo é analisar as representações sobre o Programa e sobre os percursos de vida das alunas, a partir da produção de cartas na disciplina de Língua Portuguesa e na Oficina Mapa da Vida. As fontes de pesquisa foram 20 cartas escritas por alunas, sendo 10 na disciplina de Língua Portuguesa, ofertada à turma do ano de 2012, e 10 cartas escritas por alunas da turma de 2013, na oficina Mapa da Vida, ambas as atividades ministradas pela autora da pesquisa. Além das cartas, foram analisados os documentos produzidos pelo Governo Federal acerca do funcionamento do Programa. O Programa Mulheres Mil iniciou como projeto em 2007, resultado de um acordo bilateral entre o Brasil e o Canadá, a fim de qualificar mil mulheres das regiões Norte e Nordeste brasileira, pela vulnerabilidade social em que vivem uma parte delas. Em 2011, o projeto tornou-se Programa e consubstanciou-se em uma política pública de gênero. Nesse percurso chegou ao Maranhão e em Açailândia e sua implementação ocorreu no mesmo ano, com a oferta do Curso Básico de Qualificação Profissional em Alimentos. Em 2015, o Programa deixou de funcionar no respectivo Campus, por razões oficiais, as quais desconhecemos. Com a pesquisa, percebeu-se que as alunas participantes desse curso,segundo relato encontrado nas cartas, viam no Programa uma oportunidade para ingressarem no mercado de trabalho, montar seu negócio e voltar a estudar. No entanto, a proposta dessa política em garantir acesso ao trabalho e ao estudo não se mostrou suficiente para inserir a todas as mulheres participantes do curso no mercado de trabalho local.