Escritos e guardados: cem anos de escrita privada de uma família baiana ao longo do século XX

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Farias, Ana Cristina Santos
• Orientador(a): Santos Sobrinho, José Amarante
• Banca de defesa: Brito, Gilmário Moreira , Lobo, Tânia Conceição Freire , Beltrão, Lícia Maria Freire , Gonçalves, Eliana Correia Brandão , Santos Sobrinho, José Amarante
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
• Departamento: Instituto de Letras
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Arquivo familiar; Cultura escrita; Escrita ordinária; Memória.
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41022

Este texto é resultado da investigação em torno das práticas de escrita privada (CHARTIER, 1991) mantidas por Egydio Lopes d’Almeida e seus descendentes, cujos textos formam o acervo dos Lopes d’Almeida. O estudo partiu da seguinte tese: A prática de escrita familiar, comprometida com o registro do cotidiano, nas esferas pública e privada, e de eventos esporádicos marcantes para o grupo funciona como mecanismo de sistematização e manutenção das memórias da família. A pesquisa se orientou pelos princípios teórico-metodológicos da História Social da Cultura Escrita (PETRUCCI, 1999, 2003; CASTILLO GÓMEZ, 1995, 2003; SÁEZ SANCHEZ, CASTILLO GÓMEZ, 1999) e teve como objetivo descortinar as práticas culturais tangentes à produção e à recepção de textos, de diferentes gêneros, mantidas pelos descendentes de Egydio Lopes d’Almeida ao longo do século XX. Suas práticas evidenciaram uma ampla produção de textos, de diferentes gêneros, carregados de simbologia, como recurso de produção de memórias e manutenção dos valores essenciais da família. Tal estudo contribui para a compreensão da relação dos sujeitos com a escrita, objeto de poder e distinção, para a reconstrução histórica das práticas de escrita no Brasil, dá acesso a sociabilidades do longo século XX e oferece rico acervo para estudos linguísticos e socioculturais.