Nos rastros de Gil Martins: comércio, política e industrialização na Primeira República brasileira (1889 1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Thiago Coelho
Orientador(a): Ramos, Eloisa Helena Capovilla da Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9094
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa histórica sobre a Primeira República brasileira. A problematização da pesquisa gira em torno da atuação de Gil Martins Gomes Ferreira nos campos do comércio, da política e da industrialização no estado do Piauí. Desse modo, foi possível perceber como os discursos e as práticas em torno dos ideais de progresso que circularam no período se fizeram sentir e agir de forma diferente conforme a região do país. Assim, esta tese tem como objetivo geral analisar a trajetória de Gil Martins Gomes Ferreira como comerciante, político e industrial no contexto da Primeira República brasileira (1989-1930). Subsidiariamente, estabeleceu-se como objetivos específicos: discutir a atuação de Gil Martins como comerciante a partir de sua relação com a navegação e as relações de poder econômico estabelecidas; analisar a figura de Gil Martins no mundo político partidário do Piauí na Primeira República; analisar a trajetória de Gil Martins no processo de modernização e industrialização de Teresina e do Piauí. Para a sua construção, partimos dos pressupostos metodológicos da micro-história, a partir do que é proposto por Ginzburg (2007, 1989), Grendi (1977), Levi (2015, 2014, 2006), dentre outros, de forma que este trabalho contou com o uso de fontes de naturezas diversas, tais como: fotografias, jornais, atas, telegramas, cartas, mapas, inventários, almanaque e demais documentos consultados nos acervos do Arquivo Público do Piauí, do Museu do Solidão, da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e da Fundação Valter Alencar. A narrativa está estruturada em três partes que refletem as categorias centrais de discussão: comércio, política e industrialização. A análise das fontes foi realizada a partir do diálogo com a teoria e historiografia, dentre as quais citamos as obras de Agulhon (2009), Berman (2007), Berstein (2003), Boehrer (2000), Brandão (1999, 1995), Graham (1997), Needell (2012), Nunes (2016), Queiroz (2008, 2006a, 2006b, 1994) e Rémond (2003), dentre outros. O trabalho se mostra como uma contribuição à história do Brasil e do Piauí, denotando como em um estado afastado do centro do poder e da economia nacional se fizeram sentir os discursos e realizações em torno do progresso, assumindo uma especificidade a partir de sua própria conjuntura histórica.