Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Regina Celia Costa |
Orientador(a): |
Fleck, Eliane Cristina Deckmann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9850
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Resumo: |
Esta tese, intitulada Por caminhos de terra e de tinta: a trajetória de Carlota Carvalho, uma escritora nos sertões maranhenses (séculos XIX e XX), tem como objetivo investigar a trajetória da professora e escritora Carlota Carvalho, buscando compreender os elementos que constituíram sua formação intelectual, bem como o significado que sua obra “O Sertão” teve para a historiografia do Brasil e, em especial, para aquela que se debruçou sobre o sul maranhense. Carlota foi uma professora normalista, nascida em meados do século XIX, que atuou no magistério das primeiras letras nos estados do Pará e Maranhão, e sua trajetória docente iniciou-se nas ilhas Bailique, hoje estado do Amapá, nos anos finais do império e no sertão maranhense a partir dos primeiros anos da República. Além de professora, Carlota Carvalho foi autora de importante obra sobre o sertão, e de vários artigos sobre assuntos que diziam respeito ao homem e à mulher sertaneja, divulgados em jornais maranhenses da primeira metade do século XX. Publicado no ano de 1924, “O Sertão” teve, à época, grande repercussão, sendo, ainda hoje, considerado referência para os estudos sobre o sertão do Maranhão, norte do Goiás (Tocantins), Pará e Amapá. Carlota foi também sócia fundadora do IHGM, no ano de 1925, aspecto que foi explorado com o objetivo de discutir as relações que manteve com outros intelectuais do período e os espaços de sociabilidade que frequentou. A perspectiva teórica e metodológica adotada nesse trabalho filia-se à História cultural, estabelecendo um diálogo com a História intelectual, a História das práticas de escrita e de leitura e com a História das Mulheres e das Relações de Gênero. As fontes analisadas foram jornais e periódicos da segunda metade do século XIX e primeira do século XX, além das obras escritas por Carlota e por outros autores e memorialistas que apresentam e analisam o sertão maranhense desse período. A pesquisa revelou uma personagem com forte engajamento no universo cultural sertanejo, que estabeleceu profícuas relações com os intelectuais de seu tempo e que gozou de um significativo trânsito na imprensa na segunda metade do século XX. |