Memórias e trajetórias formativas de jovens universitários da comunidade quilombola Ilha de São Vicente, em Araguatins-TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Elma Vital da
Orientador(a): Silva, Rodrigo Manoel Dias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8799
Resumo: Esta pesquisa apresenta e problematiza trajetórias formativas de estudantes universitários de uma comunidade quilombola localizada na região do Bico do Papagaio, no norte do Estado do Tocantins. Analisa, a partir de relatos de memórias, as trajetórias formativas dos estudantes universitários da comunidade quilombola Ilha de São Vicente. Neste sentido, objetivou investigar o contexto educacional de escolarização de jovens remanescentes dessa comunidade, quanto ao acesso e à permanência no ensino superior. O percurso metodológico organizou-se a partir de três etapas investigativas, a saber: (a) revisão bibliográfica sobre a temática; (b) pesquisa de campo com observação do contexto e das relações sociais estabelecidas na comunidade, sob a inspiração de uma pesquisa etnográfica; (c) entrevistas e análise das narrativas de seis estudantes e duas lideranças quilombolas, a partir das quais foi possível compreender as vivências e as experiências de seus percursos escolares, bem como seu acesso e permanência no ensino superior. Os resultados revelam que ingressar no curso superior constitui significativa conquista para a comunidade quilombola. Na situação da Ilha de São Vicente, as políticas educacionais dirigidas à população quilombola, principalmente aquelas de cunho afirmativo, foram de suma importância para garantir o acesso e a permanência de seus estudantes na universidade. Contudo, os depoimentos revelam que os desafios presentes no ambiente acadêmico ainda são muitos, dentre eles: o preconceito e o racismo ainda existente; o difícil acesso ao capital informacional; e a falta de atividades e iniciativas pedagógicas que abordem a realidade quilombola. Embora regulamentada em lei, a educação quilombola apresenta fragilidade em se concretizar e ainda é um grande desafio para a consolidação do direito à educação no Brasil.