O que o rio me ensinou?: narrativas das crianças ribeirinhas da Vila de Ponta Negra - Marajó/PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fazzi, Alciléa de Souza
Orientador(a): Fochi, Paulo Sergio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12886
Resumo: A presente pesquisa visa compreender a relação das crianças ribeirinhas marajoaras da Vila de Ponta Negra - Marajó/PA com o seu meio circundante a partir de suas percepções, narrativas e vozes e dos saberes advindos desta relação. Para o percurso investigativo, mergulhei nas vivências das crianças ribeirinhas, por meio das experiências com o rio, dos saberes ancestrais, do vocabulário, das brincadeiras, do imaginário, das lendas e dos mitos, pois, inserida no contexto da pesquisa com crianças, entendo que elas são importantes fontes de diálogo com esse universo. Desta forma, levantei a seguinte questão-problema: como as crianças ribeirinhas da Vila de Ponta Negra - Marajó/PA percebem e se relacionam com o lugar onde moram? Para responder a este questionamento: analisei as narrativas das crianças ribeirinhas acerca dos saberes que emergem de sua relação com o rio e a floresta; e identifiquei os sentidos e significados das vivências culturais para elas. Para tanto, utilizei duas categorias de análise: Viver as margens dos rios e Brincar as margens; que foram divididas em subcategorias, sendo elas: as regras do rio; os saberes ancestrais; as palavras que brotam do rio; as brincadeiras submersas; o imaginário, as lendas e mistérios. Este estudo adotou a abordagem qualitativa, com ênfase na pesquisa com crianças. Os participantes da pesquisa foram dez crianças, entre quatro e cinco anos, que, por meio de suas vozes, desenhos e fotografias, deram visibilidade às crianças ribeirinhas da Vila de Ponta Negra - Marajó/PA. Para a interpretação dos dados, utilizei o método da triangulação que, por meio das narrativas das crianças ribeirinhas, foi possível identificar diferentes saberes que emergem da experiência intrínseca com o rio e a floresta. As narrativas das crianças trazem ensinamentos de que é necessária, para os tempos atuais, a prática de novas pedagogias de saberes. Pedagogias que ajudem a criar em nós e no outro o compromisso, como os dos ribeirinhos, de cuidar da nossa casa comum, o planeta que habitamos, olhando com mais força para as experiências dos nossos ancestrais, dos nossos povos originários, como o povo ribeirinho.