Consumo alimentar em escolares: estudo baseado nos “10 passos da alimentação saudável para crianças”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Weber, Ana Paula
Orientador(a): Henn, Ruth Liane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11403
Resumo: Com o processo de urbanização, industrialização e desenvolvimento tecnológico, grandes mudanças vêm ocorrendo nos padrões de dieta e de atividade física das populações em todo o mundo, as quais têm se traduzido em excesso de peso e obesidade. Mais recentemente, tal condição tem afetado também as crianças. No Brasil, cerca de 34% das crianças de 5 a 9 anos apresentam excesso de peso e 14,3% estão obesas. Entre as estratégias para mudar este perfil epidemiológico estão os guias alimentares, como o desenvolvido pelo Ministério da Saúde para auxiliar a população brasileira a adotar um estilo de vida mais saudável. Contudo, são raros os estudos que avaliaram em que medida a população está seguindo as recomendações do Guia, especialmente em crianças. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a realização dos “10 Passos da Alimentação Saudável para Crianças” e fatores associados em escolares do 1º ano do ensino fundamental das escolas municipais de São Leopoldo, RS. Trata-se de um estudo transversal com 813 escolares. Os dados foram obtidos com aplicação de um questionário padronizado, pré-codificado e pré-testado às mães/responsáveis, por entrevistadores previamente treinados. As questões referiam-se à alimentação e atividade física atual dos escolares, bem como, às características demográficas e socioeconômicas destes e suas famílias. Foram conduzidas análises bivariadas entre as variáveis independentes e cada “Passo”, por meio do teste de Qui-Quadrado de Pearson para heterogeneidade ou tendência linear, considerando-se um nível de significância de 5%. O passo 2 (incluir cereais, tubérculos, etc. entre as refeições) foi o mais seguido pelos escolares (99,8%). Os dois “Passos” menos frequentemente realizados foram aqueles que envolvem medidas restritivas, como evitar alimentos gordurosos/frituras (Passo 6) e evitar guloseimas (Passo 7), respectivamente, 12,8% e 3,8%. Em geral, escolares cujas mães/responsáveis e responsáveis pelos domicílios eram mais jovens e tinham menos escolaridade realizavam mais frequentemente alguns dos “Passos”. Nosso estudo, além de sinalizar um prognóstico desfavorável para esta população, indica a necessidade de mais estudos para elucidar a relação entre as variáveis de exposição e a realização dos Passos.