O discurso da divulgação científica em jornais de distribuição gratuita: o caso do jornal Bem Estar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Lêda Araújo
Orientador(a): Giering, Maria Eduarda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4954
Resumo: Este estudo propõe analisar a organização linguístico-discursiva de textos publicados no jornal Bem Estar, a fim de verificar se estes textos, que tratam de saúde humana, se enquadram como divulgação científica. O corpus é constituído de três notícias extraídas desse jornal de circulação gratuita publicadas entre os anos de 2013 e 2014. Assumimos a proposta teórica do linguista Charaudeau (2013), especialmente a noção de contrato de comunicação como reconhecimento das condições de realização da troca linguageira e do contrato midiático. O trabalho aqui proposto debruça-se sobre esse campo ao propor a identificação e a descrição do funcionamento textual-discursivo dos textos, que, devido às suas circunstâncias de produção, circulação e recepção, exigem que se levem em conta as restrições da situação de divulgação cientifica midiática: as visadas de captação e a informação, constitutivas do contrato de comunicação midiático. Além da análise Semiolinguística, verificaremos as marcas linguísticas da Responsabilidade Enunciativa (RE) e da Orientação Argumentativa (OA) nos textos selecionados, subsidiados pela Análise Textual dos Discursos (ATD) postulada por Adam (2011), que nos ajudará a entender como o enunciador dos textos faz uso das estratégias discursivas que indicam RE. Para essa análise, escolhemos duas categorias que caracterizam a materialidade textual: os índices de pessoas e as indicações de quadros mediadores, as quais permitem marcar linguisticamente o distanciamento ou engajamento do enunciador diante das informações expressas. Dessa forma, conclui-se que essa (não) assunção orienta a organização argumentativa do enunciador influenciando e estabelecendo seus propósitos comunicativos.