A psicoterapia baseada na mentalização para o tratamento da depressão na adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Biazus, Camilla Baldicera
Orientador(a): Ramires, Vera Regina Röhnelt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4759
Resumo: Essa Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica teve como foco a possibilidade de desenvolvimento da capacidade de mentalização na psicoterapia de uma adolescente que apresentava sintomas depressivos e havia buscado atendimento no Serviço de Psicologia de uma Universidade do Sul do Brasil. Com base nas contribuições da vertente psicanalítica da teoria do apego, mais especificamente nos conceitos de função reflexiva e capacidade de mentalização, foi realizado um estudo pautado pela abordagem qualitativo-exploratória, adotando-se o procedimento de estudo de caso. A participante desse estudo foi uma adolescente de 18 anos, que foi atendida em psicoterapia pelo período de seis meses, duas vezes por semana. Antes e depois do processo psicoterápico, a adolescente foi avaliada com o Children’s Depression Inventory (CDI) para o levantamento dos indicadores de depressão e com uma Entrevista Estruturada, sobre a qual foi aplicado o Checklist para Avaliação Clínica da Mentalização. Além desses instrumentos, foi utilizado também o dispositivo da escrita em psicoterapia a fim de explorar seus benefícios tanto para o desenvolvimento da capacidade de mentalização quanto para a redução dos sintomas depressivos na adolescência. Os resultados obtidos apontaram que a adolescente apresentava uma capacidade de mentalização comprometida no início do tratamento, mas que pôde ser desenvolvida ao longo deste, contribuindo significativamente para a diminuição dos seus sintomas depressivos. O uso da escrita nesta abordagem psicoterápica facilitou o desenvolvimento da capacidade de mentalização da paciente, ajudando-a a alcançar uma compreensão mais profunda da própria experiência afetiva, atribuindo novos significados aos afetos que se traduziram em formas novas e mais flexíveis de lidar com a sua problemática.