Estratégias de coping e sintomas emocionais, após um desastre aéreo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lenhardt, Gabriela
Orientador(a): Andretta, Ilana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12260
Resumo: Desastres são considerados eventos súbitos e catastróficos que impactam vítimas expostas diretamente e indiretamente. Apesar disso, alguns sujeitos não se adaptam a nova realidade e podem desencadear sintomas emocionais correspondetes ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão, ansiedade e estresse. Para enfrentar a situação, as pessoas utilizam estrátegias de coping, consideradas como recursos cognitivos e comportamentais. Todavia, compreende-se que as estratégias de coping e as variáveis sociodemográficas se configuram como moderadoras das respostas psicológicas. Para ampliar esses conhecimentos, foram realizados dois artigos quantitativos. O primeiro verificou relação preditiva das características sociodemográficas sobre os sintomas emocionais correspondentes ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão, ansiedade e estresse. O segundo avaliou a relação preditiva entre as estratégias de coping com os sintomas emocionais. A amostra foi composta por 194 vítimas, envolvidas no desastre aéreo com a Associação Chapecoense de Futebol. Os instrumentos utilizados foram: Questionário de Dados Sociodemográficos, Inventário de Estratégias de Coping, Stress Scale Post Traumatic Stress Disorder e Depression Anxiety and Stress Scale. De modo geral, os resultados indicaram que a maioria dos participantes não apresentam sintomas de TEPT e demonstram sintomas normal de depressão, ansiedade e estresse. Identificou-se, ainda, que as variáveis individuais – sexo feminino e relação direta com a tragédia - acrescem as razões de chances em desenvolver problemas psicológicos. Além disso, as estratégias de coping, sobretudo as focalizadas na emoção apresentaram relação preditiva com as sintomatologias avaliadas. Os estudos permitiram reflexões importantes acerca dos fatores pessoais e dos recursos de coping, uma vez que, esses aspectos podem contribuir ou dificultar o processo de enfrentamento. Espera-se com informações aprimorar as intervenções psicoterapêuticas, proporcionando uma melhor recuperação durante e póstrauma de pessoas expostas a situações semelhantes.