Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Moab César Carvalho |
Orientador(a): |
Moreira, Paulo Roberto Staudt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6867
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Resumo: |
Esta pesquisa se propõe a estudar o movimento pentecostal brasileiro por meio de uma de suas maiores instituições, as Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus – ADs. Com uma abordagem ancorada nos diálogos interdisciplinares com as Ciências Sociais, recomendados pela Nova História Cultura, analisam-se as mudanças na identidade assembleiana clássica, no processo de acomodação à sociedade de consumidores, fato que denominamos de o aggiornamento do pentecostalismo assembleiano. Fundadas pelos Missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren em 1911, as ADs deram início ao movimento pentecostal, junto com a Congregação Cristã do Brasil – CCB. Cem anos após sua fundação encontram-se presentes em quase todos os municípios brasileiros e, segundo o censo do IBGE, já contabilizam mais de 12 milhões de adeptos. Embora a temporalidade da pesquisa esteja circunscrita ao período de 1980 a 2010, foi realizada uma análise histórica, que remonta ao século XIX, em busca de suas influências originárias. Um dos eixos que norteou a pesquisa foi a concepção de que as instituições religiosas representantes do cristianismo sempre refletiram a sociedade de sua época. Com base nessa premissa, foi possível perceber que as ADs se ajustaram às características da sociedade brasileira em cada fase de sua história: foram ascéticas e sectárias quando a sociedade era rural e muito pobre; propagaram um autoritarismo patriarcal exacerbado quando as mulheres não podiam votar e não tinham seus direitos garantidos em lei; não se envolviam com a política partidária e não se manifestavam publicamente repudiando as injustiças sociais; seu discurso e padrão teológico primavam por uma vida de austeridade comportamental e espera resignada do retorno apocalíptico de Jesus Cristo. Diante de uma realidade socioeconômica e cultural em constante transformação, sob forte influência do capitalismo de consumo e, para fazer frente à concorrência no campo religioso, principalmente após a chegada das igrejas neopentecostais, a instituição implementou mudanças significativas, o que acelerou o processo de transformação de ethos. Categorias como consumo, identidade, relativismo, secularização, pluralismo, liberdade religiosa, representações, estratégias e táticas, tempo presente, entre outras, apoiaram a construção do objeto da pesquisa. Os estudos estão focados na Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB e nas ADs da cidade de Imperatriz-MA. |