Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gonzatti, Christian |
Orientador(a): |
Henn, Ronaldo Cesar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6902
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Resumo: |
A pesquisa visa entender, através dos sentidos acionados pelo Papel Pop, as relações entre o jornalismo, a cultura pop e os estudos queer. Busco nas transformações e nos desdobramentos históricos do jornalismo a maneira como as lógicas do pop foram se implicando nele. Proponho, assim, uma perspectiva jornalística específica para entender essas dinâmicas, o jornalismo pop: voltado à cobertura da cultura pop, pautando acontecimentos engendrados por uma lógica intensamente midiática e comercial, mas que não se encerra aí. Constato que existem, em um contexto de crise sistêmica instaurada pela cultura digital que atravessa as lógicas jornalísticas, sete categorias para pensar a cobertura do pop no país – e que muitas vezes se interprenetam através de estratégias de produção diversas: a cobertura jornalística em torno de produtos que se desdobram da música pop, das celebridades, da cultura geek/nerd/otaku, de produções audiovisuais como filmes e séries, das novelas e do humor e a geral. Existem, nessas possibilidades, os vínculos de produção que são perpassados pelas práticas das/dos fãs – podendo serem institucionalizados no sentido de se tornarem (micro) empresas ou não – e os políticos, que envolvem um olhar crítico através de marcadores como o sexo/gênero, a raça e a sexualidade para as produções da cultura pop. O Papel Pop, no que se refere à cobertura noticiosa, movimenta-se através de todos esses focos, estando alocado no que eu entendi como uma macrotegoria: a cobertura da cultura pop de uma maneira mais ampla e geral. No entanto, há uma predominância da música pop feminina nas matérias e notícias, assim como o corpo editorial também remete a marcadores dissidentes da masculinidade heterossexual cisgênera. Visando desdobrar os sentidos acionados pelo jornalismo pop em questão, recorro à metodologia da Análise de Construção de Sentidos em Redes Digitais, que tem como pressuposto os movimentos de mapeamento de processos semióticos em rede, a elaboração de constelaçãoes de sentidos e o desenvolvimento de inferências sobre elas. Através de perspectivas dos estudos queer, notei, assim, a emergência de sete constelações de sentidos: Linguagens do Vale, Transviadices, Feminismos, Heteronormatividades Racismos/Multiculturalismos, Representações e Enfrentamentos Políticos. Elas sinalizam a maneira como o jornalismo pop do Papel Pop configura-se como uma territorialidade semiótica singular na cobertura da cultura pop, que rompe com pressupostos do masculino que atravessam o jornalismo hegemônico e que vai além da feminilidade que pode ser associada ao jornalismo cultural, sendo, portanto, queer. |