O que o sucesso não nos diz : o fracasso enquanto brecha performática nas dinâmicas digitais da música pop

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Eduardo José Melo Rodrigues da
Orientador(a): SOARES, Thiago
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44839
Resumo: A noção de fracasso na música pop apresenta um debate que coloca em pauta os dados de vendas de artistas enquanto balizas de legitimidade, acentuando fortes relações comerciais que guiam grande parte do horizonte de expectativas da indústria fonográfica. Assim, a falha passaria a ser percebida a partir de uma lógica essencialmente quantitativa. A perspectiva desta investigação é tomar o fracasso como um desvio analítico capaz de revelar imprevistos que tensionam o mercado musical. Essa dissertação articula a potência digressiva da falha, a qual se faz presente numa brecha que ora atrai, ora repele fórmulas estanques das lógicas capitalistas. A partir dos conceitos de performance de Diana Taylor (2013) e das noções de fracasso como disposição desviante a partir de Jack Halberstam (2020), propõe-se a compreensão dos roteiros de mercado e em que medida os/as artistas de música pop irão dramatizá-los. Dito isto, procuro enquadrar as brechas performáticas do fracasso no contexto da cultura digital, elencando as encenações dos fãs e de artistas pop em sites de redes sociais, a partir dos estudos de caso do fórum BCharts e das cantoras Katy Perry, Christina Aguilera e Mariah Carey.