Influência da mineralogia de fíleres carbonáticos na hidratação de cimentos ternários com argila calcinada oriundos da região amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Piovesan, Jayne Carlos
Orientador(a): Kulakowski, Marlova Piva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
LC3
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12228
Resumo: Um dos grandes desafios contemporâneos para mitigar as emissões de CO2 na atmosfera terrestre é a produção de cimentos de reduzida emissão desse gás causador do efeito estufa. Portanto, buscando a redução da utilização do clínquer no cimento novas alternativas são testadas, dentre essas, o estudo de composições ternárias, como o LC3. É muito abordado o uso do calcário calcítico, mas muito pouco falado sobre o uso do fíler calcário dolomítico, devido a hipótese de que o magnésio presente cause impacto negativo. Dessa forma, buscou-se investigar a hidratação de composições ternárias compostas com fílers carbonáticos de diferentes mineralogias e argila calcinada oriundos da região amazônica. A composição utilizada está de acordo com a literatura, sendo 50% de clínquer, 5% de gipsita, 30% de argila calcinada e 15% de calcário. Foram confeccionadas pastas com três tipos de carbonatos para as devidas comparações. Tendo em vista o clima nos Estados da Amazônia Legal, e seu efeito na temperatura da hidratação do cimento, as pastas produzidas foram curadas em temperaturas de 21 °C e 60 °C, e testadas por 7, 28 e 91 dias de idades. Os resultados mostraram que o magnésio em excesso tende a reagir na composição com a alumina do cimento, formando produtos como brucita, em ambas as temperaturas, porém com formações mais evidentes na temperatura de 60 °C, conforme DRX. Quando misturados magnésio e alumina em excesso, a portlandita tende a ser toda consumida, podendo acarretar em problemas na resistência à compressão. A pasta contendo carbonato de magnésio e cimento demonstrou ser o cenário ideal com relação à quantidade de magnésio e alumina para formação de hidrotalcita em ambas as temperaturas de cura, sendo mais intensa à 60 °C. O calcário dolomítico utilizado no LC3 mostrou resultados similares ao calcário de referência, usualmente empregado como calcário calcítico, com resultados de resistência à compressão acima de 30 MPa, sem formação de brucita, hidrotalcita ou taumasita, com curvas de calorimetria, termogravimetria e fases de produtos hidratados semelhantes entre si. Diante do estudo realizado, é possível afirmar que, o calcário dolomítico tem potencial para ser utilizado como fíler dolomítico no LC3, nas condições de contorno desse estudo.