Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ávila, Gabriela de Fátima dos Reis |
Orientador(a): |
Oliveira, Juliano Morales de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10209
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Resumo: |
Anéis de crescimento são estruturas anatômicas, formadas no xilema secundário de plantas, que demarcam ciclos de crescimento e dormência em resposta a regimes climáticos sazonais. Visto que cada anel corresponde a um ciclo anual de crescimento e que variam suas características em função das condições do meio físico e biótico, essas estruturas são registros históricos únicos, com alta resolução e extensão temporal sobre mudanças ambientais. A dendrocronologia – ciência que investiga anéis de crescimento em plantas – é ainda incipiente em ecossistemas tropicais, dado seu avanço em regiões temperadas, e deve ser desenvolvida, uma vez que provém informações sobre autoecologia, ecologia florestal e climatologia, bases para o manejo da biodiversidade tropical. Reconhecer espécies com anéis de crescimento anatomicamente visíveis no xilema e sensíveis a flutuações climáticas é o passo primordial para o desenvolvimento da dendrocronologia. Nessa dissertação eu reviso e desenvolvo estudos dendrocronológicos com espécies neotropicais da família Lauraceae, principalmente em remanescentes florestais do sul da Mata Atlântica, um dos hotspots mundiais de biodiversidade. Foco meus esforços em Lauraceae devido à importância ecológica e fisionômica das espécies para as florestas úmidas neotropicais. Informação sobre anéis de crescimento está amplamente disponível na literatura, principalmente em estudos de anatomia da madeira. É notável que grande parte das lauráceas forma anéis de crescimento, em diversos ecossistemas (139 das 156 espécies levantadas em revisão bibliográfica). Com o intuito de facilitar estudos futuros e o reconhecimento dos anéis, apresento uma lista de 156 espécies descritas pela aparência dos anéis e realizo descrições anatômicas de outras 14 frequentes no sul da Mata Atlântica. Estudando séries temporais de largura de anéis de crescimento, verifiquei que Ocotea puclhella, Cinnamomum glaziovii e Ocotea elegans, espécies que ocorrem em regiões montanas subtropicais do Brasil possuem tendências comuns de crescimento entre os indivíduos (sincronismo) e são sensíveis a variações climáticas relacionadas tanto à temperatura quanto à precipitação. Esses resultados contribuem para o avanço da dendrocronologia neotropical, contribuindo para o melhor entendimento sobre as características dos anéis de crescimento de uma das mais importantes famílias botânicas em regiões tropicais. |