Sistemática e filosofia: filogenia do complexo Ocotea e revisão do grupo Ocotea indecora (Lauraceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Assis, Leandro Cézanne de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-15072009-151632/
Resumo: Abordagens como homologia, construção de táxons e reconstrução da filogenia podem ser contextualizadas e investigadas por meio de uma conexão histórica e atual entre sistemática e filosofia. A presente tese defende essa conexão científico-filosófica, tendo como estudo de caso ambos o complexo Ocotea, que abrange 13 gêneros e 750 espécies predominantemente neotropicais, e o grupo Ocotea indecora, com 20 espécies e centro de diversidade na floresta atlântica do sudeste do Brasil. O capítulo 1 discute a conceitualização de táxons e homologias (táxica e transformativa) como ambos indivíduos e espécies naturais (ou agrupamentos de espécies com propriedade homeostática). Embora essas conceitualizações não sejam mutuamente exclusivas metafisicamente, a perspectiva das espécies naturais é defendida, enquanto a dos indivíduos desafiada, com base em uma motivação por aspectos empírico-pragmáticos e teórico-explicativos em sistemática e evolução. O capítulo 2 foca no renascimento da morfologia na sistemática filogenética, com base em duas teorias da verdade em epistemologia, i.e., coerência e correspondência, chamando para a unificação de ambas a teorias partir de uma teoria funderentista de justificação epistêmica das hipóteses de relação filogenética. O papel e o significado da morfologia também são discutidos no contexto de análises separadas e combinadas, paleontologia, espécies naturais, conceito de caráter, homologia, sinapomorfia, semaforonte, modularidade e taxonomia. O renascimento da morfologia não é apenas dependente de uma perspectiva científico-filosófica mas também depende de uma reforma política, econômica, social e educacional na sistemática contemporânea. O capítulo 3 é uma filogenia do complexo Ocotea com análise combinada de dados morfológicos e da região nuclear ribossômica ITS. São discutidos o papel e o significado das evidências morfológica e molecular, das análises separadas e combinadas, bem como modularidade e homologia. Subclados dentro do complexo Ocotea são inferidos e delimitados por sinapomorfias morfológicas. Uma perspectiva de classificação filogenética dos gêneros do complexo Ocotea também é fornecida. O capítulo 4 trata de mudanças taxonômicas e nomenclaturais no grupo O. indecora, basicamente sinonimizações, lectotopificações e uma nova combinação. O capítulo 5 é uma revisão do grupo O. indecora, com base na análise de ca. 550 coleções. Chave de identificação, descrições, bem como comentários sobre a circunscrição, distribuição, habitat, fenologia e relações taxonômicas das espécies do grupo são fornecidos.