Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Filipe Silveira de |
Orientador(a): |
Rohden, Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
|
Departamento: |
Escola de Humanidades
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5953
|
Resumo: |
O presente trabalho propõe uma interpretação do papel da hermenêutica filosófica na cultura contemporânea e, da possibilidade de, a partir do seu proceder, baseado na compreensão, na historicidade e na sua vocação prática, caracterizar-se como uma “filosofia da tolerância”. Buscando sempre uma teoria universal que desse conta da humanidade como um todo, quis a tradição fundamentar modelos éticos como normas de uma meta a qual o homem deveria alcançar, ignorando ou negligenciando as particularidades das mais diversas manifestações do humano. Porém, diante do pluralismo cultural que marca o mundo contemporâneo não parece mais possível ignorar as contingências e efemeridades que constituem nossas experiências. Assim, tendo por referência alguns dos mais relevantes pensadores da hermenêutica filosófica do século XX, pensar uma filosofia da tolerância objetiva, antes de mais, compreender que a humanidade já não se apresenta como um grupo unitário, homogêneo. O valor ‘ético’ da tolerância se dá justamente na medida em que considera a diferença como base, compreendendo não ser possível defender mais um ‘dever-ser’, tal qual as éticas clássicas defendiam. Tema de autores modernos como Locke e Voltaire, o conceito de tolerância é ainda pouco desenvolvido entre as correntes filosóficas. Tolerância significa uma aceitação dos diversos modos de vida como complementares ou, ao menos, como diferentes ‘versões’ da mesma humanidade. Implica, contudo, certa relação entre os diferentes, ou, em casos extremos, conflituosos: é no diálogo que encontramos a possibilidade de abertura que nos permite imaginar e compreender o que ultrapassa o horizonte das experiências às quais nos enclausuramos por meio das nossas práticas e nossos valores. A possibilidade de vivermos, mesmo que na imaginação, outros modos de vida, nos permite uma espécie de ‘desenraizamento’, como um processo de nos livrarmos de nossos valores mais arraigados e profundos, a fim de conceber que outras visões de mundo são possíveis, sendo estas tão válidas e possuidoras de direitos e garantias quanto as nossas. |