“[...] Ele precisa de um espaço para falar do jeito dele, né? ”: a sala de recurso multifuncional e seu papel no desenvolvimento da linguagem de alunos indicados para atendimento educacional especializado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bandeira, Vanessa Suzani da Silva
Orientador(a): Fronza, Cátia de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9335
Resumo: A sala de recurso multifuncional (SRM) tem a proposta de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade para diminuir as barreiras para a plena participação dos alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, considerando suas especificidades de acordo com a Nota Técnica SEESP/GAB/ nº 11/2010 (BRASIL, 2010). A SRM recebe a indicação de professoras regentes de alunos que ainda não leem e não escrevem para atendimento. Frente a essa demanda, o objetivo principal desta pesquisa é analisar como linguagem, ensino e deficiência intelectual se evidenciam na fala de cinco professoras que atuam na sala de recurso multifuncional, visando à aprendizagem do aluno atendido neste espaço. Este estudo se vale de uma metodologia qualitativa de cunho etnográfico (FLICK, 2009; CRESWELL, 2014), com dados gerados a partir de entrevista semiestruturada gravada em áudio com as respectivas docentes de uma cidade do Vale do Rio dos Sinos. Os dados foram analisados a partir dos pressupostos teóricos de Vygotsky (2008), Volochinov (2017), Haag (2015), tomando uma concepção de linguagem como interação. Kleiman (2015), Rojo e Moura (2019) e Santaella (2003) são autores de destaque, no que tange à perspectiva de ensino de letramentos e multiletramentos, e Lopes (2007) e Klein (2015), são referência para discussão sobre in/exclusão. A sala de recurso multifuncional é um espaço que realiza articulações com diferentes profissionais que atuam com o aluno atendido. Assim, a SRM pode contribuir para a afirmação de uma rede de incapacidade que envolve o discente, ou pode potencializar o processo de ensino-aprendizagem de maneira que o educando resgate a crença em si mesmo e avance nesse processo. Desse modo, evidencia-se que a SRM tem condições de estabelecer-se no ambiente escolar como campo de potencialização dos alunos que apresentam diferenças na aprendizagem, garantindo, por meio de atividades práticas na perspectiva de multiletramentos, um lugar mais próximo da inclusão social.