A filosofia como exercício para viver bem no diálogo Fédon de Platão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moreira, Juliana Conceição
Orientador(a): Rohden, Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6323
Resumo: O objetivo desta dissertação consiste em apresentar a Filosofia como exercício para viver bem no diálogo Fédon de Platão, portanto, apresentamos a figura de Sócrates. Nossa proposta de [re] leitura da obra possibilita-nos identificar a forma como deve viver o filósofo, sobretudo pela postura convincente socrática - ao contrário do que sugere a leitura clássica de “provar” a imortalidade da alma. Nesta perspectiva, a filosofia consiste em postura, em cuidado consigo mesmo e um modo de viver, onde discurso e ação estão em consonância. No Fédon, Sócrates afirma que a filosofia consiste em um exercício para a morte, considerando esta afirmação, a nossa investigação propõe que boa vida e exercício para a morte podem significar o mesmo no diálogo, ou seja: a tarefa da filosofia. Sendo assim, apresentamos no primeiro capítulo o Fédon, sua temática e seus aspectos essenciais, evidenciando a postura frente à morte de Sócrates e a forma como viveu. No segundo capítulo justificamos as contribuições de Pierre Hadot, cuja tese aproxima-se de nossa proposta, a filosofia grega de acordo com ele é considerada além de um discurso teórico, um modo de viver, possibilitando o sujeito [re] criar e modificar sua forma de agir. No terceiro e último capítulo, abordamos a interpretação de Hans Georg Gadamer exclusivamente sobre o diálogo, a [re] leitura do filósofo aponta alguns elementos importantes, tal como o contexto histórico, a relevância do mito e análise sobre os argumentos acerca da alma. Por fim, nossa hipótese procura justificar através destes autore a Filosofia como um exercício para viver bem, onde o sujeito, pautado pela sua consciência de finitude, procura tornar-se melhor, aperfeiçoando sua conduta e postura em vida.