Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Veríssimo, Magda Silvia Berté |
Orientador(a): |
Venzke, Cláudio Senna |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios
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Departamento: |
Escola de Gestão e Negócios
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6364
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Resumo: |
O presente estudo busca compreender o processo de inclusão de pessoas com deficiência nas organizações, considerando todos os aspectos históricos ligados à formação do conceito de inclusão, que se refletem na atualidade, principalmente devido à necessidade das organizações de atenderem à legislação referente à Lei de Cotas, Lei 8.213/91, para pessoas com deficiência, regulamentada em 1991. Desde então, as organizações têm vivenciado momentos conturbados: a maioria delas não atende aos requisitos legais e acaba por sofrer penalidades severas pelo descumprimento da lei. O que se percebe, com o passar dos anos e as evoluções conquistadas pelos movimentos de inclusão, é que muito se avançou em estudos sobre os direitos das pessoas com deficiência e sobre as principais dificuldades encontradas na sociedade, na promoção da inclusão social e, principalmente, no mercado de trabalho. Porém, pouco se discutiu sobre a real forma das empresas se tornarem responsáveis por este contingente populacional, compreendendo e formando cidadãos sensíveis ao tema, pois o papel das organizações também é de formar pessoas. Devido à imposição da lei, nota-se a existência de um engajamento espontâneo por parte de algumas empresas e seus colaboradores. De forma quantitativa, este envolvimento ainda não repercute ou responde na velocidade que a dinâmica do mercado de pessoas com deficiência e a lei exigem. Se ainda não se consegue alcançar os propósitos de inclusão necessários para que as empresas preencham suas cotas, percebe-se que chegou o momento de propor uma nova forma de promoção da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Identificou-se na teoria da Abordagem Integral e em conceitos da espiritualidade nas organizações, pela conexão de valores e propósitos individuais com o meio, os entendimentos necessários para a promoção de um ambiente organizacional formador de indivíduos mais conscientes e engajados ao tema. De forma complementar, a espiritualidade proporciona o ambiente adequado para estimular essas conexões dos indivíduos, pois seus conceitos consideram que as pessoas se desenvolvem a partir da tomada de consciência e conectividade do seu mundo interior com o seu mundo exterior. A partir dos achados teóricos, realizou-se uma pesquisa empírica, baseada em um roteiro de entrevista semiestruturado, envolvendo aproximadamente 40 participantes, representantes de grandes empresas da região de Porto Alegre. Participaram da pesquisa profissionais em cargos de liderança, pares de pessoas com deficiência e os próprios indivíduos com deficiência, além de representantes de RH em cada empresa. Todas as organizações envolvidas na pesquisa possuíam ações ligadas à inclusão, mas não necessariamente um programa formal dedicado ao tema. Os resultados encontrados proporcionaram a compreensão do atual cenário de inclusão nas organizações e proposição de um modelo diferenciado, que paradigmaticamente sugere um novo olhar sobre as pessoas com deficiência, a partir dos principais agentes envolvidos na causa: os indivíduos e as organizações que formam pessoas para a construção de uma sociedade mais inclusiva, um modelo de inclusão chamado integral. |