Espiritualidades e bem-estar espiritual no processo formativo de estudante de psicologia do Recife – PE à luz da abordagem integral/transpessoal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Laila Anine Candida da
Orientador(a): FERREIRA, Aurino Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18066
Resumo: Esta dissertação investigou as perspectivas de espiritualidades e os índices de bem-estar espiritual em estudantes calouros/as e formandos/as das graduações em psicologia da FAFIRE e da UFPE, correlacionando-os com os processos de formação. Questionamos se e como as espiritualidades são compreendidas por estudantes, calouros/as e formandos/as, das graduações em Psicologia da FAFIRE e da UFPE, e suas possíveis relações com os índices de bem-estar espiritual e a formação destes/as estudantes. Objetivando, de forma geral, analisar e comparar as perspectivas de espiritualidades e índices de bem-estar espiritual entre estudantes de Psicologia de duas Instituições de Ensino Superior (IES) de Recife - PE à luz da Psicologia Integral/transpessoal de Ken Wilber para apontar implicações da temática das espiritualidades no processo de formação em psicologia. Baseamo-nos na abordagem integral/transpessoal de Ken Wilber além de outros/as autores/as que corroboram com a compreensão de ser transdimensional e integral e as contribuições destas perspectivas para os processos de formação humana. Sendo de caráter misto, utilizamo-nos da Escala de Bem-estar Espiritual (EBE), compondo o trecho quantitativo, com 20 itens que se subdividem em duas subescalas – afirmações ímpares, Subescala de Bem-estar Religioso (BER) e as afirmações pares, Subescala de Bem-estar Existencial (BEE) – e para o trecho qualitativo um questionário com três perguntas abertas e entrevistas semiestruturadas. Para a análise da parte quantitativa usamos o software Statistica® e para a qualitativa a Análise de Conteúdo Temática (ACT). Participaram da pesquisa 202 pessoas distribuídas entre os grupos de calouros/as ou formandos/as da FAFIRE e da UFPE. Os resultados apontaram, com relação a EBE em uma escala likert de 1 a 6, de M=4,63 (DP=1,47) para a EBE, M=4,59 (DP=1,32) para a BEE e M=4,67 (DP=1,63) para a BER. Entre os quatro grupos não há diferença significativa entre os índices de bem-estar espiritual, segundo o teste Mann-Whitney U. Com relação à primeira parte dos questionários e das entrevistas, que tratou das concepções de espiritualidades, obtivemos seis categorias de análise: (1) Dimensão Humana, (2) Bem-estar Pessoal, (3) Desenvolvimento de si, (4) Resiliência, (5) Vida e (6) Relações consigo e com suas crenças. Sendo esta última a que teve maior frequência de participantes, 55,18% da amostra. Com relação às espiritualidades na formação, os/as calouros/as e formandos/as da FAFIRE afirmam ter tratado da temática na graduação e reafirmam a necessidade da mesma. Os/as calouros/as da UFPE afirmam a necessidade, embora não a tenham tratado na graduação, enquanto que aproximadamente metade do grupo de formandos/as desta IES diz ter tratado da temática e também afirmam ser importante sua discussão. Esta investigação aponta que tratar e/ou discutir as espiritualidades no processo de formação não é suficiente para que haja formação humana. Não é suficiente para uma efetiva realização de uma formação humana integral o conhecimento das espiritualidades. Faz-se necessário operacionalizar nos processos de formação a experimentação da educação de forma integral, considerando um ser transpessoal, com todos os seus atores e suas atrizes.