(Des)encontros no processo de implantação da proposta do ensino médio politécnico no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sieben, Leandro
Orientador(a): Adams, Telmo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6348
Resumo: A origem da tese encontra-se ancorada na análise da implantação do projeto educacional do Ensino Médio Politécnico no Rio Grande do Sul, iniciado em 2011. Discute os (des)encontros no processo de implantação da proposta, no cenário de incertezas das pessoas jovens frente à possibilidade do seu ingresso no mundo do trabalho. O projeto estadual propôs a interdisciplinaridade entre as distintas áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens, Matemática e suas tecnologias, com ênfase na prática investigativa e na avaliação emancipatória. A questão orientadora buscou identificar as contradições em relação a como e em que condições se deu a implantação do projeto politécnico em duas escolas estaduais, situadas em diferentes cidades da região metropolitana de Porto Alegre-RS. O estudo, de cunho dialético, metodologicamente assumiu a totalidade como categoria que tensionou as relações de poder do micro para o macro espaço e vice-versa. No processo interpretativo, optou-se pela análise de conteúdo, tendo por base três categorias: a contradição traduzida pelos (des)encontros, a totalidade e a hegemonia. Entre os principais resultados da pesquisa, destacam-se alguns (des)encontros: o tempo insuficiente para a preparação de gestores e professores; a exigência da qualidade da educação e a não valorização dos profissionais da educação; a ampliação da carga horária, a falta de professores e o conflito de horários dos próprios alunos; a fragilidade interdisciplinar do seminário integrado; as disputas de poder e o não entendimento do referencial teórico, especificamente, a concepção de politecnia e de avaliação emancipatória; a contradição da prática de uma proposta de Ensino Médio Politécnico em um Estado capitalista.