Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Alexandre Caldeirão |
Orientador(a): |
Puffal, Daniel Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Escola de Gestão e Negócios
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12136
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Resumo: |
O modelo produtivo familiar está presente em 90% das propriedades rurais no mundo, estas são responsáveis pela produção de 80% dos alimentos. Em um cenário dominado pelo advento das tecnologias de informação e comunicação, é preponderante discutir a natureza da inovação na agricultura familiar, entendendo que a tecnologia por si só não é capaz de proporcionar resultados operacionais ou financeiros, mas é um instrumento a ser agregado ao modelo de negócio de acordo com as necessidades e capacidades do produtor rural, com foco na produtividade e na sustentabilidade do negócio familiar. Assim, esta pesquisa tem por objeto central de estudo a inovação no espaço rural, mais especificamente em propriedades rurais familiares. A proposição geral do estudo é que a inovação em propriedades rurais familiares se dá gerencialmente, não pela aplicação massiva de elementos tecnológicos, mas pela alteração do modelo de negócio, onde a propriedade rural, entendida como firma, de forma autônoma, inovativa, proativa, agressiva e assumindo riscos perscruta o ambiente, percebe alterações e interioriza informações, adaptando sua estratégia através da integração de elementos externos às suas rotinas, em um processo de elaboração de alternativas para reconfigurar seus recursos e transformar suas rotinas, adequando ou alterando seu modelo de negócio em um processo de ruptura ou transformação, criando, entregando e capturando valor. O estudo se caracteriza como explicativo, buscando responder à questão: Qual a natureza da inovação em propriedades rurais familiares? A metodologia utilizada é quantitativa, as variáveis independentes analisadas no estudo são capacidades dinâmicas e orientação empreendedora e a variável dependente é a inovação no modelo de negócio. Foram propostas duas hipóteses, a primeira afirma que as Capacidades Dinâmicas estão relacionadas positiva e significativamente à Inovação no Modelo de Negócio. A segunda afirma que há uma relação positiva e significativa entre Orientação Empreendedora e Inovação no Modelo de Negócio em propriedades rurais familiares. A amostra do estudo é constituída por 260 propriedades rurais familiares da Região Sul do Rio Grande do Sul, mais especificamente na Região Funcional de Planejamento 5 – RF5, onde há 31.098 estabelecimentos agropecuários distribuídos em 21 municípios. A amostra foi obtida por meio de indicações e referências, utilizando a técnica de amostragem não probabilística denominada Técnica de Amostragem por Bola de Neve. A confiabilidade composta de todos os constructos foi testada e o teste das hipóteses foi efetuado por meio de uma análise de regressão multivariada. A hipótese de que nas propriedades rurais analisadas, há uma relação positiva e significativa entre Orientação Empreendedora e Inovação no Modelo de Negócio foi confirmada. A hipótese de que há relação entre Capacidades Dinâmicas e Inovação no modelo de Negócio foi rejeitada, não sendo comprovada. Porém a literatura traz as Capacidades Dinâmicas como um antecedente à inovação no modelo de negócio, assim foi proposta uma terceira hipótese, que as capacidades dinâmicas estão relacionadas de forma positiva e significativa à orientação empreendedora e esta hipótese foi confirmada. Assim, o modelo teórico inicial desta tese foi rejeitado parcialmente e outro surgiu ao final, explicando a inovação no modelo de negócio através da orientação empreendedora e indiretamente através das capacidades dinâmicas que estão relacionadas à orientação empreendedora. Portanto conclui-se que para que haja inovação no modelo de negócio não é suficiente que a propriedade rural possua capacidades dinâmicas, mas é necessário que igualmente tenha orientação empreendedora. |