A constituição da flexibilidade no ensino médio brasileiro: estratégias políticas em ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Daiana Bastos da Silva
Orientador(a): Silva, Roberto Rafael Dias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9245
Resumo: A etapa do Ensino Médio e, principalmente, as discussões quanto à dimensão curricular tomam ênfase na atualidade. Tal atmosfera é desencadeada sobretudo pela emergência de políticas curriculares que visam produzir um novo Ensino Médio. Nas tramas neoliberais, no contexto do capitalismo contemporâneo, emerge um conjunto de racionalidades governamentais que orientam investimentos políticos sobre o Ensino Médio, com enfoque propositivo na flexibilidade, modificando a organização curricular desta última etapa da educação básica. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo compreender os sentidos de flexibilidade no Ensino Médio brasileiro na última década. Dessa forma, interessa interrogar: Como os sentidos de flexibilidade se apresentam e se articulam na mídia pedagógica impressa pesquisada no Brasil no decorrer da última década? Para tal, a presente pesquisa elegeu, como materialidade empírica, textos e artigos da Revista Pátio: Ensino Médio, Profissional e Tecnológico. Ao realizar tal escolha não se buscou centralizar a análise nesse periódico, mas sim na sua superfície, ou seja, naquilo que a publicação torna visível, buscando problematizar as práticas que visibilizam a constituição de sentidos de flexibilidade na atualidade. Por meio de uma análise documental, o estudo se aproximou da teorização foucaultiana quanto à compreensão de documento como monumento. Como grade analítica, tomou-se por base o conceito foucaultiano de tecnologia de governo e os conceitos de ferramentas de individualização, responsabilização e estetização. Como apontamentos, a pesquisa evidencia a constituição de três sentidos de flexibilidade no contexto pesquisado: a flexibilidade curricular pautada pela oferta de currículo flexível como um cardápio variado atraente; a flexibilidade da prática pedagógica na organização do tempo, dos espaços e dos métodos; e a flexibilidade enquanto uma habilidade a ser desenvolvida na produção de subjetividades capazes de gerir seu próprio capital de competências, desenvolvendo-a enquanto uma habilidade do sujeito contemporâneo e empreendedor.