Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1986 |
Autor(a) principal: |
Christofoletti, Adonis Expedito Ataide |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39131/tde-24012025-112245/
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Resumo: |
O presente estudo de flexibilidade em crianças de ambos os sexos, de 10 a 14 anos de idade, brancas e não brancas, teve o propósito de verificar se o grau de flexibilidade das articulações estudadas é influenciado pela faixa etária, pelo sexo e pelo grupo étnico, bem como se as medições realizadas apresentam correlação significante e qual o desempenho do grupo no estudo de algumas articulações. As hipóteses nulas testadas no presente trabalho referem-se à ausência de diferença significante entre brancos e não brancos, entre os sexos, entre as diversas faixas etárias consideradas (10 a 14 anos), e à ausência de interação entre cor e sexo, cor e idade, sexo e idade, e cor, sexo e idade. Foram feitas 9.336 medições, em 1230 crianças (614 meninos e 616 meninas) da rede escolar da cidade de Teresina (Piauí), abrangendo onze variáveis, quais sejam: flexibilidade escápulo-umeral, do quadril, coxo femural (em pé, sentado e deitado) e tálo-crural (direita e esquerda), além da medida do comprimento do membro inferior direito e do ângulo de abertura dos membros inferiores (em pé, sentado e deitado). Estas três últimas foram obtidas através de procedimento matemático. A análise estatística foi realizada por meio dos programas de computação BMDP/2V, MINITAB, IMSL/MDTD, SPSS e das seguintes técnicas: análise de variância, de covariância, comparações múltiplas, análise de conglomerados, coeficiente de correlação de Pearson e porcentagem acumulada. Para cada variável estudada, foram evidenciados os valores máximo e mínimo, e calculados a média aritmética, o desvio padrão da amostra e da média e o intervalo de confiança a 95%. Foi feita também a análise de variância univariada, tendo sido testadas a homogeneidade dos dados segundo o sexo, idade e cor e ainda segundo as interações cor-sexo, cor-idade, sexo-idade e cor-sexo-idade. (Continua)(Continuação) Foi feita análise de correlação entre todas as variáveis estudadas e, em alguns casos, foi possível apresentar tabelas normativas de percentil. Os resultados são apresentados descritivamente, acompanhados de tabelas explicativas e gráficos comparativos. Os comentários referem-se quase que somente à pesquisa feita pelo autor e, em alguns poucos casos, puderam ser feitas comparações com os resultados de outros autores. O presente estudo permitiu rejeitar as seguintes hipóteses nulas quanto à flexibilidade: a) ausência de diferença entre grupos étnicos apenas para flexibilidade coxo-femural, na posição deitado, e para flexibilidade do tornozelo direito; b) ausência de diferença entre os sexos para quase todas as variáveis, à exceção da escápulo-umeral e da coxo-femural em pé; c) ausência de diferença entre as faixas etárias, na flexibilidade da articulação escápulo-umeral, do quadril e coxo-femural em pé; d) ausência de interação cor-sexo para flexibilidade do quadril; e) ausência de interação cor-idade para flexibilidade do tornozelo esquerdo; f) ausência de interação sexo-idade para flexibilidade coxo-femural nas posições sentado e em pé; g) não foi possível evidenciar interação entre cor-sexo-idade, em qualquer das variáveis estudadas. Os resultados indicam as seguintes conclusões básicas: 1. os meninos mostram média maior em todas as variáveis estudadas, com exceção da flexibilidade do quadril e da do tornozelo; 2. a flexibilidade aumenta a partir dos 10 anos nos meninos e o inverso ocorre entre as meninas (à exceção da flexibilidade do quadril); 3. os brancos mostram maior flexibilidade que os não brancos; (Continua)(Continuação) 4. há correlação positiva forte entre as articulações dos tornozelos direito e esquerdo, em ambos os sexos e entre as articulações coxo-femurais, nas posições sentado e deitado, nas várias faixas etárias estudadas; 5. não foi possível demonstrar correlação forte entre a flexibilidade da articulação coxo-femural e o comprimento do membro inferior; 6. para a flexibilidade do quadril os melhores desempenhos estiveram na faixa dos 14 anos e menores na de 11, em ambos os sexos; 7. os meninos estudados neste trabalho mostraram melhor desempenho que os estudados por BARBANTI (1982) nos níveis de percentil considerados (10, 50 e 90), o que aconteceu com as meninas somente ao nível do 10 percentil. Finalmente, o estudo sugere a consideração de novos parâmetros anatômicos e outros indicativos do estado nutricional das crianças a serem pesquisadas |