(In)disciplina escolar – um novo olhar: experiência de formação continuada através da pesquisa-ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Celso, Sandra Cristiane
Orientador(a): Fischer, Beatriz Terezinha Daudt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Educacional
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3808
Resumo: O enfrentamento de situações usualmente identificadas como de (in)disciplina escolar requer mudança nas concepções e práticas docentes. Para tal, ações cooperativas, reflexões e, por vezes, replanejamentos podem garantir um clima mais adequado para que a escola cumpra suas finalidades essenciais. Diante disso, este trabalho teve como objetivo investigar mudanças nas concepções e práticas de educadoras e gestoras a respeito da (in)disciplina escolar durante o curso de Formação Continuada, desenvolvido através da modalidade pesquisa-ação, cuja essência é a reflexão cooperativa. As ações aconteceram na Escola Municipal de Ensino Fundamental Attílio Tosin, localizada na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. O corpo docente da escola, subdividido em três grupos de trabalho, reuniu-se quinzenalmente sob orientação da coordenadora da pesquisa. Registros em diário de campo, associados a depoimentos/entrevistas, contribuíram para dar continuidade ao processo, à luz de referenciais de teóricos como Ives La Taille, Hanna Arendt, Celso Vasconcellos, Maria Luiza Xavier e Joe Garcia. A diversidade de concepções e práticas das professoras fica evidenciada em suas falas durante encontros e/ou entrevistas realizadas. De início, a maioria relaciona (in)disciplina ao comportamento inadequado do aluno frente às normas e regras escolares, embora reconheçam que as mesmas não existem ou não são suficiente ou democraticamente discutidas para serem plenamente acatadas por alunos e docentes. A pesquisa constata que, à medida que se desenvolve o processo de formação, os queixumes vão diminuindo. Leituras e discussões apontam para a necessidade de um novo olhar. Embora algumas professoras continuem resistentes a mudanças, a maioria assume que todo docente tem responsabilidade de resolver situações de conflito, evitando identificar causas e soluções em instâncias externas à sala de aula. As professoras avaliam a experiência como altamente significativa, emitindo posicionamento favorável à continuidade desse tipo de formação. Conclui-se que carências teórico-práticas identificadas, sejam das professoras ou da equipe gestora, podem ser paulatinamente sanadas se a escola (e a Rede Municipal) criar espaços de estudos e discussão coletiva, ou seja, espaços de formação continuada.