Pedagogização emocional e desempenho na escola

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Hennemann, Maurício Marks
• Orientador(a): Lopes, Maura Corcini
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• Departamento: Escola de Humanidades
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Desempenho; Avaliação de larga escala; Enem; Capitalismo emocional; Pedagogização emocional
• Palavras-chave em Inglês: Performance; Large scale evaluation; Emotional capitalism; Emotional pedagogization
• Área do conhecimento CNPq: ACCNPQ::Ciências Humanas::Educação
• Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9865

A presente dissertação objetiva conhecer e problematizar como os discursos emocionais em evidência nas mídias digitais escolares se apresentam e se relacionam com a excelência reconhecida pelo Enem. Para tanto, analisou-se o conteúdo posto em circulação nas mídias digitais das dez escolas mais bem colocadas no ranking de escolas do Enem de 2019. O primeiro movimento analítico realizado foi mobilizado pelo questionamento sobre como se enunciam tais escolas em suas mídias digitais, destacando-se então um teor emocional nas publicações, observado principalmente no Facebook e Instagram, redes sociais que apresentam maior engajamento e quantidade de seguidores. A segunda investida nos materiais possibilitou observar a instrumentalização de questões emocionais visando ao desempenho e à produtividade no âmbito da escola, permitindo assim que se pense na escola de hoje inserida nos meandros de um capitalismo emocional, em que discursos econômicos e emocionais se misturam e se moldam mutuamente. Concluiu-se, então, que os discursos emocionais em evidência nas mídias digitais de escolas consideradas de excelência, segundo os parâmetros do Enem, manifestam-se a partir de práticas individuais e externas ao indivíduo, evidenciando uma espécie de pedagogização emocional cujos fins remetem à preparação emocional de alunos, tendo em vista as demandas de desempenho escolar em avaliações e competições diversas, num cenário político e educacional neoliberal em que o Estado assume o papel de avaliador ao invés de executor.