Terra, fortuna e família : a atuação de Antonio Fialho de Vargas no mercado da terra (segunda metade do século XIX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gregory, Júlia Leite
Orientador(a): Vendrame, Maíra Ines
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8978
Resumo: O presente trabalho aborda a atuação de Antonio Fialho de Vargas no comércio de terras da região do Vale do Taquari, durante a segunda metade do século XIX, com o objetivo de compreender como ocorreu a participação de empresários no negócio da colonização e como funcionava o mercado da terra intensificado por esta. O Vale do Taquari recebeu um grande contingente de imigrantes e descendentes a partir da década de 1850, levando muitas empresas a adquirir vastas extensões para transformá-las em lotes coloniais. Interessado no comércio de terras, Fialho de Vargas, oriundo de Porto Alegre, inseriu-se na região com o estabelecimento da Colônia Conventos, criada pela Baptista Fialho & Cia., empresa gerenciada por ele. Esta realizou a contratação de imigrantes europeus e encerrou as atividades após oito anos de funcionamento, mas Fialho de Vargas continuou participando do comércio de terras até o fim da vida. A partir da análise de inventários post-mortem, escrituras de compra e venda, relatórios provinciais, processos judiciais, registros paroquiais, entre outras fontes, constatamos que o comércio de terras era um negócio lucrativo, mas de retorno a longo prazo. Por isso, era necessário diversificar as aplicações, investindo também em atividades mais dinâmicas, que proporcionassem rendimentos mais rápidos. Sendo assim, Antonio Fialho de Vargas potencializou os lucros ocupando o cargo de vereador, possuindo engenhos, moinhos, emprestando dinheiro a juros e comercializando terras e madeiras. Foi possível concluir também que o investimento feito com a instalação de imigrantes europeus, embora tenha sido bastante dispendioso, garantiu o deslocamento de pessoas das colônias antigas para Conventos, tendo em vista a lógica de migração das famílias camponesas, que incluía a não separação das redes parentais e de amizade. Isso acarretou uma demanda por terra que beneficiou os negócios de Fialho de Vargas.