Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silveira, João Francisco Machado |
Orientador(a): |
Barcellos, Nêmora Tregnago |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Escola de Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7692
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Resumo: |
Calcular a proporção de candidatos inaptos para a doação de sangue por comportamento sexual de risco, em 2016, em serviços de hemoterapia situados nas sete macrorregiões do Rio Grande do Sul; comparar a taxa de incidência de AIDS nessas macrorregiões com o percentual de candidatos excluídos por comportamento sexual de risco; verificar se a proporção de excluídos da doação de sangue por essa causa variou entre os meses de 2016 no RS e entre os anos de 2009 a 2016 no maior hemocentro do Estado. A partir das planilhas do HEMOPROD, preenchidas por cada serviço de hemoterapia situado nas macrorregiões sul, serra, norte, vales, missioneira, centro-oeste e metropolitana, foi calculado o percentual de candidatos homens e mulheres inaptos para a doação de sangue por comportamento sexual de risco. Nas análises, foi aplicado qui-quadrado de Pearson com posterior teste de resíduos ajustados. As relações de prevalência foram calculadas por meio de Regressão de Poisson. A comparação dos percentuais encontrados com os dados sobre AIDS, obtidos do Boletim de HIV/AIDS do RS, ocorreu por meio de correlação de Spearman. O percentual de doadores excluídos por comportamento de risco foi de 8,8% no RS em 2016. Comparando com a macrorregião sul, este percentual é 42,2 vezes maior na macrorregião metropolitana; 27,1 vezes maior na macrorregião centro-oeste; 26,1 vezes maior na macrorregião norte; 21,3 vezes maior na macrorregião dos vales; 12,6 vezes maior na macrorregião missioneira e 6,9 vezes maior na serra (p<0,001). Nossos cálculos apontam que a probabilidade de um homem relatar comportamento sexual de risco no RS é 3,2 vezes maior do que uma mulher (p<0,001). Considerando as sete macrorregiões, constatou-se correlação forte entre a taxa de incidência de AIDS e o comportamento de risco declarado pelos candidatos na triagem clínica (rs=0,895; p<0,001). O percentual de excluídos por comportamento de risco, em 2016 no RS, foi maior nos meses de novembro e dezembro (p<0,001). Dados do maior hemocentro do Estado indicam que a inaptidão clínica por essa causa diminuiu 66,2% de 2009 a 2016, acompanhando a redução da taxa de incidência de AIDS nesse período, com a qual está fortemente correlacionada (rs=0,738; p<0,05) os percentuais de inaptidão clínica por comportamento de risco, calculados para o RS e para cada uma de suas sete macrorregiões de saúde, poderão ser considerados em estudos futuros sobre as causas de exclusão de candidatos a doação de sangue no Estado. Além disso, indicam ser necessário intensificar ações de prevenção ao HIV/AIDS e a outras IST, sobretudo nas macrorregiões metropolitana, centro-oeste e norte. |