Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sangy, Tassila Patricia Salomon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-06032020-085550/
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Resumo: |
A transmissão sexual é a principal rota de contaminação por HIV / AIDS, com a maioria dos casos atribuídos ao sexo desprotegido entre homens que fazem sexo com homens (HSH). No Brasil, HSH são indeferidos de doações de sangue por um período de 12 meses desde o último contato sexual. Existe um caso no Supremo Tribunal que pode obrigar os bancos de sangue a retirarem a orientação sexual e questões relacionadas aos parceiros dos doadores. Fatores contextuais, tais como onde e como os doadores conhecem seus parceiros e o impacto do número de parceiros, são ainda mal compreendidos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o risco de ser HIV/AIDS positivo em homens de acordo com o número de parceiros e ser HSH. Também objetivou avaliar se existem diferenças nas práticas sóciocomportamentais entre doadores de sangue do sexo masculino. Além disso, também avaliamos quais questões relacionadas aos fatores de risco podem prever se um doador é HIV/AIDS positivo, a fim de verificar o impacto de possíveis mudanças na triagem clínica. Metodologia: Este estudo analisou os dados coletados no estudo caso-controle de HIV/AIDS - REDS-II, que recrutou doadores por dois anos usando perguntas sobre doadores e seus últimos cinco parceiros. A análise do presente estudo utilizou métodos transversais e de caso-controle. Respostas de 772 doadores do sexo masculino foram analisadas. Resultados: Na regressão logística, comparados com os heterossexuais que relataram 0-1 parceiros, HSH com 0-1 parceiros sexuais tiveram OR = 7,37 (3,9-14,2), HSH com>1 parceiro apresentaram OR = 78,01 (35,5-206,3) e heterossexual> 1 parceiro OR = 3,57 (2,4-5,3). Na análise da classe latente, os entrevistados foram divididos em três classes distintas de acordo com os perfis de risco: Classe 1 com doadores heterossexuais (96,4%), HIV negativos (88,7%), com parceiro principal (99,4%) e praticantes de sexo desprotegido (77,8%). Classe 2 com HSH / doadores bissexuais (100,0%), HIV positivo (97,4%) e que não conheciam o estado sorológico de seus parceiros (80,3%). Classe 3 com doadores heterossexuais (84,1%), praticantes de sexo vaginal / anal desprotegido (66,8% vs 40,9%) e distribuição similar entre HIV positivos e negativos (49,5% vs. 50,5%). Na análise da Floresta de Decisão Aleatória, descobrimos que questionar os doadores sobre o estado de HIV de seus parceiros poderia substituir questões relacionadas à orientação sexual e tipos de parceiros, com mudanças relativamente pequenas na sensibilidade (0,76 vs. 0,58), especificidade (0,89 vs. 0,94) e valor preditivo positivo (VPP) (0,85 vs. 0,88) na triagem clínica. Os doadores HSH eram mais propensos a serem HIV positivos em comparação aos doadores heterossexuais, mesmo quando consideramos doadores HSH com 0-1 parceiros. Conclusão: Comportamentos sociais e sexuais de doadores e seus parceiros podem ser usados para investigar o risco de infecção pelo HIV/AIDS e podem ajudar a modificar as questões atualmente usadas na triagem clínica. No entanto, o impacto de outras questões para investigar o risco de infecção pelo HIV/AIDS por unidade de sangue na janela imunológica deve ser avaliado antes de qualquer alteração na política de deferimento de doadores HSH. |