Descredibilização da imprensa a partir de ataques misóginos: uma análise do Governo Bolsonaro em relação às mulheres jornalistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rambo, Mariane Carolina Packes
Orientador(a): Aquino, Maria Clara Jobst de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13138
Resumo: Este trabalho busca entender quais formas de ataques ocorreram contra jornalistas mulheres e quais os sentidos que podem ser percebidos a partir dos ataques contra Patrícia Campos Mello e Vera Magalhães no governo Bolsonaro. Como metodologia, utilizamos estudo de casos múltiplos (YIN, 2015) e análise de construção de sentidos em redes digitais (AQUINO E SCHUCH, 2022). A partir da análise dos casos e do referencial teórico levantado, percebemos duas formas de ataques contra as jornalistas: 1) descredibilização da jornalista na sua função e 2) ataques à reputação da mesma – visando corromper a imagem pública das mesmas, tanto como mulheres “respeitáveis” (considerando a visão patriarcal da sociedade) e também como profissionais sérias e isentas (chamado-as de comunistas, por exemplo). Em relação às categorias de sentido percebidas, há críticas e elogios tanto a quem atacou quanto a quem foi atacado nos comentários, e que também o jornalismo de forma geral é vilanizado por esse grupo. Além disso, percebemos que em todos os ataques, outras mulheres foram ofendidas e agredidas, muitas vezes utilizando o mesmo argumento e ofensa destinados às mulheres jornalistas.