Estágios curriculares: autonomia inconteste e protagonismo discente revelados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ramos, Inajara Vargas
Orientador(a): Forster, Mari Margarete dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3361
Resumo: Esta tese, ao dar voz a estudantes estagiários dos cursos de Direito e Enfermagem de uma universidade comunitária do Rio Grande do Sul, procurou desvelar o significado que os estágios curriculares, obrigatórios e não obrigatórios, assumem na formação acadêmica e profissional desses estudantes e nas estruturas curriculares dos seus cursos de graduação. Para tanto, foram ouvidos duzentos e setenta e dois estudantes e as coordenações de ambos os cursos, por meio de entrevistas estruturadas e semiestruturadas em profundidade, seguindo a abordagem quali/quanti. A etapa qualitativa de inspiração etnográfica valeu-se da análise de conteúdo para o tratamento dos dados, e a etapa quantitativa, caracterizada como pesquisa conclusiva descritiva, do tipo levantamento de campo, foi analisada estatisticamente; como procedimento de pesquisa, utilizou-se, também, a análise documental. A discussão das dimensões experiência, profissionalização, relação teoria/prática, formação, campo e habitus, referenciadas em expoentes como Larrosa, Dewey, Dubar, Vázquez, Charlot e Bourdieu, dentre outros, contribuiu sobremaneira para unir os fios que foram sendo propositalmente "esquecidos" pelas análises, tecendo as redes que levaram a pesquisa à sua culminância. Assim, justificando a tese, o estudo aponta que os currículos dos cursos de graduação têm muito a ganhar explorando as consequências e os resultados dos estágios curriculares, principalmente se as coordenações perceberem que as experiências vivenciadas pelos estagiários promovem a autonomia e o protagonismo discente. A universidade procura permanentemente consolidar a interdisciplinaridade, a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão e o desenvolvimento da autonomia intelectual do estudante e não reconhece, nos estágios curriculares, qualquer que seja a modalidade, oportunidades reais e incontestáveis para atingir os objetivos que ratificam a razão do seu fazer.