Ser revista e viver bem: um estudo de jornalismo a partir de Vida Simples

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Tavares, Frederico de Mello Brandão
Orientador(a): Kuschick, Christa Liselote Berger Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3524
Resumo: Esta pesquisa investiga a revista impressa como um meio de comunicação e como um produto jornalístico. Apesar de muito presente em uma série de estudos, a revista ainda é pouco pensada como objeto central de reflexões no interior dos campos do Jornalismo e da Comunicação. Nesse sentido, o objetivo principal do trabalho diz respeito a duas questões encadeadas. A primeira delas aponta para a compreensão da revista por ela mesma, buscando entender como tal produto engendra e incorpora processos comunicativos e jornalísticos próprios. A segunda, enfocando empiricamente tal propósito, problematiza sobre essa processualidade a partir de uma única publicação, a revista Vida Simples, da Editora Abril. Considerando o universo temático da qualidade de vida sobre o qual versa a revista e as afetações existentes no encontro de seus temas com práticas e estruturas jornalísticas específicas, analisa-se a constituição editorial da publicação e a elaboração concomitante de um significado sobre o bem viver na sociedade. Sustentando o percurso analítico, encontram-se questões que perguntam sobre a revista e sobre seu jornalismo, conceituando sua especificidade para além de sua especialização. Além disso, contextualiza-se a revista delimitando o papel de seu amadurecimento histórico na formulação de características próprias e indicando como seu encontro com a temática da qualidade de vida condiz com lógicas mercadológicas e sociais no cenário contemporâneo da segmentação e da midiatização. Em termos teóricos, são tratados aspectos que encaminham um pensamento em direção à tensão entre uma realidade social e outra revistativa (da revista), entrecruzadas por questões relacionadas ao pertencimento do jornalismo ao tempo presente, atendendo a certas demandas informativas e construindo um tipo de conhecimento específico sobre o mundo. Na observação sistematizada dos projetos editorial e gráfico, dos conteúdos trabalhados pela revista e dos editoriais publicados mensalmente como cartas aos leitores, traça-se um conjunto reflexivo que desvela uma globalidade cujo liame constituinte dá a ver sua revistação, movimento que aciona sua singularidade.