Formação continuada de professores alfabetizadores: um processo de coconstrução entre universidade e escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Luiz, Simone Weide
Orientador(a): Fronza, Cátia de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11374
Resumo: Muito se fala sobre a qualidade da leitura e da escrita das crianças brasileiras. Diz-se que as crianças não vêm sendo alfabetizadas dentro da idade esperada, sob a alegação de que não compreendem o que leem. Esta pesquisa parte do pressuposto de que, para os alunos desenvolverem suas habilidades de leitura e escrita, é importante que os conteúdos trabalhados em aula estejam conectados às suas práticas sociais. Além disso, a formação dos professores alfabetizadores deve ser um trabalho coconstruído, entre universidade e escola. Considerando o exposto, o objetivo geral desta tese é conhecer e refletir sobre percepções e concepções dos professores quanto à apropriação da leitura e da escrita por alunos de 1º ano de rede pública municipal, por meio de ação de formação coconstruída entre universidade e rede escolar. A tese se organiza a partir de temas como a apropriação da linguagem escrita e seu ensino, valorizando as práticas sociais e a coconstrução da formação de professores alfabetizadores. Consideram-se perspectivas de Vygotsky (1896-1934; 1998), Rego (2013), entre outros, quando se discorre sobre apropriação da linguagem pelas crianças. Ferreiro e Teberosky (1999), Street (1984; 2017), Soares (2003; 2018; 2021) e Cosson (2016) são os principais autores para fundamentar as reflexões sobre leitura e escrita com significado, com ênfase no letramento. Imbernón (2015), Tardif (2017), André (2013) e outros autores são a referência para a discussão sobre formação docente. Os dados gerados se referem a três módulos de formação continuada, realizados com 29 docentes, de maio a outubro de 2020, em formato remoto e assíncrono. Destaca-se que, para a decisão sobre os temas das ações, houve a participação dos docentes e da pesquisadora. Foram considerados na análise textos redigidos pelos docentes participantes, com base nas suas definições sobre letramento, opiniões sobre excertos de material de estudo destacados de outros professores sobre o mesmo tem; e propostas de atividades enviadas pelos docentes sobre letramento e letramento literário. Observa-se que a maioria dos docentes compreende o letramento de acordo com a abordagem teórica em foco. Ademais, em suas propostas de atividades, os professores compartilharam conteúdos associados ao contexto dos alunos. De modo geral, as atividades sugeridas fazem conexões com a realidade e necessidades dos discentes, uma vez que os assuntos tratados são relevantes para a construção social e cidadã dos alunos. Tendo em vista as mudanças sociais que determinam também as vivências dos estudantes e a realidade escolar, é preciso ampliar e aprofundar o alcance das propostas, para que os alunos evoluam gradativamente nas habilidades de leitura e escrita, tornando-se ainda mais protagonistas de suas aprendizagens.