“O personsagem é o mais importante da reportagem”: o personsagem construído na narrativa de cotidiano do Jornal Diário Gaúcho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rosa, Roberta Silveira Schuler
Orientador(a): Marocco, Beatriz Alcaraz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3782
Resumo: O personagem é o mais importante da reportagem. Esta afirmação consta no primeiro mandamento da reportagem do jornal Diário Gaúcho e é o ponto de partida desta pesquisa. O objetivo desta dissertação é investigar como ocorre a construção do personagem na narrativa de cotidiano deste jornal popular, além de compreender o papel do jornalista-narrador, que localiza, seleciona os personagens e articula a narrativa. A partir da pesquisa bibliográfica, que busca a aproximação com a narratologia para elencar os elementos que compõem a narrativa – entre eles o personagem –, foi possível, no procedimento de análise de dez reportagens que formam o corpus desta pesquisa, descrever a função do personagem no enredo e identificar os efeitos de sentido que o jornalista-narrador evoca a partir deste elemento. Com este percurso empreendido, conseguiu-se localizar personagens que, juntos, formam uma galeria e, assim, dizem sobre a produção do Diário Gaúcho, confirmando a validade do primeiro mandamento da reportagem. Na narrativa de cotidiano publicada na editoria de Geral, o personagem é localizado e retratado em seu ambiente, em geral as comunidades da periferia de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Profissionais do Diário Gaúcho tentam incluir em suas narrativas personagens que sejam semelhantes aos leitores do jornal, numa tentativa de promover a identificação com a audiência. Os personagens são selecionados de modo a servirem de ponto de partida para narrativas que tratem sobre superação (de limites, de preconceitos), para contarem dramas do cotidiano, comuns à população deste segmento (colocando em xeque a atuação de organismos públicos), ou ainda para serem os condutores de narrativas que ofereçam entretenimento ou algum tipo de reflexão – todas as narrativas demonstram algum efeito de sentido pretendido como a comoção, o encorajamento, ou o simples deleite. Os personagens, na maioria das narrativas, desempenham ações – que são a notícia – ou são afetados por essas ações ou a ausência delas. Na narrativa, o personagem é identificado pelo nome completo, idade e profissão. A sua caracterização aparece também por meio da descrição e do discurso do jornalista-narrador, das falas do personagem, pela participação de personagens secundários e até mesmo pelo espaço onde a história se passa.