Malunguinho na aula é Reis : perspectivas para uma educação contra colonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: LIMA, Henrique Falcão Nunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9575
Resumo: Este trabalho investiga a figura de Malunguinho e sua pluralidade como ícone histórico, divino e símbolo de uma educação afro-indígena. Malunguinho, ou os Malunguinhos, foram guerreiros quilombolas do Quilombo do Catucá em Pernambuco, lutavam por liberdade do povo negro e indígena e utilizavam de guerrilhas para combater diretamente o Estado e as milícias que atacavam os seus territórios. Encantaram-se no panteão da Jurema Sagrada, mitificando o ser histórico e passando ao patamar divino de Reis, ocupando local de destaque na religiosidade, assumindo também multifaces espirituais, podendo manifestar-se como trunqueiro, caboclo e mestre. Assim, como expressão de resistência, tornou-se modelo para a formação e atuação da Lei Malunguinho, de Nº 13.298/07, que exige nos espaços educacionais uma Semana de Vivência e Prática da Cultura Afro-indígena Pernambucana, enfatizando a sua importância na formação das/dos estudantes, transmitindo saberes tradicionais, racializados e salientando a luta pela educação contra hegemônica, tomando Malunguinho como persona simbólica desta pedagogia. Logo, faço uma conexão teórica com os debates em torno da crítica ao modelo educacional e a modernidade, colonização, colonialidade e o contra colonial, vinculando a religiosidade da Jurema e suas narrativas orais com epistemologias que contrariam o fazer educacional nos moldes unicamente eurocêntricos, perpetuando os paradigmas dominantes da modernidade.