Variabilidade das espécies-alvo e adensamentos do espadarte (Xiphias gladius) capturados pela frota brasileira de espinhel pelágico no Atlântico tropical e subtropical oeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: RODRIGUES, Silvaneide Luzinete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9572
Resumo: Espécies de atuns e afins estão entre as mais importantes do ambiente marinho do ponto de vista ecológico, econômico e social. Por esta razão, muitas dessas espécies já vêm sendo exploradas em seu limite máximo sustentável ou estão sobreexploradas, com o agravante de uma demanda de mercado cada vez mais alta. É evidente a necessidade de avaliações de estoques contínuas e de uma gestão eficaz para manutenção ou recuperação dos estoques sobreexplorados. Entre os principais desafios para a gestão sustentável de recursos marinhos está a obtenção de índices de abundância relativa que reflitam o real estado das biomassas dos estoques. Diante desse contexto, no presente trabalho foi inicialmente analisado o histórico de captura da pesca comercial de espinhel pelágico do Brasil entre 1978 e 2018, com enfoque na identificação de alvos de pesca. Posteriormente foram investigados os padrões de distribuição espacial do espadarte (Xiphias gladius) do Atlântico Sul para a construção de indicadores de abundância. Para esse propósito, foram analisados os dados disponíveis sobre captura, esforço e localização geográfica dos lances de pesca, presentes no Banco Nacional de Dados de Atuns e Afins (BNDA). Em seguida, foi calculada uma estatística com razões entre capturas das diferentes espécies, a qual foi utilizada como indicador do direcionamento da frota. A estrutura de adensamento espacial foi avaliada a partir de cálculos de autocorrelação espacial. Os resultados da análise inicial revelaram um mosaico de bandeiras, espécies-alvo, tecnologias e estratégias de pesca, os quais podem ser agrupados em três momentos distintos. No primeiro (1978-1986) há predomínio de embarcações arrendadas orientais, e o direcionamento para o espadarte é acentuado. A segunda fase (1987-2001) foi marcada pelo aumento no direcionamento para as albacoras, principalmente a branca. E por fim, na terceira fase (2002-2018), ocorreu o arrendamento de várias embarcações, e aumento no direcionamento para o espadarte e tubarão azul. Em adição, os dados de captura de espadarte da frota brasileira apresentaram grau moderado de dependência espacial. Em alguns casos a dependência se manifesta em lances feitos com distância de mais de 1000 km entre eles. O tamanho e a distribuição dos adensamentos variaram bastante ao longo dos anos. Desta forma, o conhecimento dessas variações nos cálculos de estimativas de índices relativos de abundância é fundamental para se evitar interpretações equivocadas na hora da avaliação do estoque e, consequentemente, na gestão da pescaria.