Soroprevalência da infecção por alphaherpesvirus bovino 1 (BoAHV-1), vírus da diarreia viral bovina (BVDV), vírus de Schmallenberg (SBV) e Leptospira spp. em bovinos no estado de Alagoas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SANTOS, Jana Kelly dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9684
Resumo: Objetivou-se com esta pesquisa realizar um estudo de soroprevalência das infecções por Alphaherpesvirus Bovino 1 (BoAHV-1), Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV), Vírus de Schmallenberg (SBV) e Leptospira spp. em bovinos criados no Estado de Alagoas, Brasil. Foram analisadas 460 amostras da soroteca de Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (ADEAL), procedentes de bovinos não vacinados de 100 propriedades distribuídas em 99 municípios alagoanos e nas três mesorregiões: Agreste, Leste e Sertão. O diagnóstico sorológico foi realizado com kits comerciais de Ensaio Imunoenzimático (ELISA) indireto para pesquisa de anticorpos anti-BoAHV-1, BVDV e ELISA indireto e competitivo para pesquisa de anticorpos anti-SBV e por meio do teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM) para pesquisa de anticorpos anti-Leptospira spp. Observou-se uma soroprevalência de 75% (345/460) para BoAHV-1, 53,3% (245/460) para BVDV, 36,5% (168/460) para Leptospira spp. Observou-se que 0,87% (4/460) das amostras apresentaram-se como suspeitas no ELISA indireto para SBV. Destas, apenas 0,02% (1/460) continuou como suspeita após a realização do ELISA competitivo. Nenhuma amostra foi positiva, o que sugere a não circulação viral nos rebanhos analisados. A variação da prevalência por propriedade em cada mesorregião foi de 85,1% (21/24) a 93,8% (46/49) para BoAHV-1; 70,3% (19/27) a 83,3% (20/24) para BVDV e 65,3% (32/49) a 83,3% (20/24) para Leptospira spp. Observou-se maior soropositividade para BoAHV-1, BVDV e Leptospira spp., 61,0% (212/345) e 61,0% (148/245), 52,3% (88/188) respectivamente, nos animais procedentes da mesorregião Leste, com associação significativa para BoAHV-1 e BVDV (p<0,005). A coinfecção de BoAHV-1 e BVDV esteve presente em 45% (206/460) das amostras analisadas, de BoAHV-1 e Leptospira spp. em 26,52% (122/460), BVDV e Leptospira spp. 20,22% (93/460), e BoAHV-1, BVDV e Leptospira spp. 16,96% (78/460). Os sorovares de Leptospira spp. mais prevalentes foram Tarassovi (19,56%; 90/460), Wolffi (15,87%; 73/460), Prajtino (15,22%; 70/460) e Bovis (13,26%; 61/460). Sugere-se a atuação integrada dos órgãos de defesa oficial com a implementação de um programa sanitário específico para as infecções por BoAHV-1, BVDV e Leptospira spp., visando o monitoramento, a eliminação gradual dos animais positivos, implementação de um programa de vacinação e aplicação de medidas de biossegurança, para minimizar os impactos econômicos e sanitários nos rebanhos do estado de Alagoas. O fortalecimento de estratégias regionais de vigilância e controle para patógenos emergentes são necessários. A realização constante de estudos epidemiológicos em ruminantes e de detecção do SBV em ruminantes e em vetores é importante para confirmar a circulação do agente e detectá-lo precocemente em caso de introdução no país, minimizando os impactos econômicos e sanitários.