Manejo da mancha aquosa do meloeiro: fontes de resistência genética e extratos aquosos de plantas da Caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ASSUNÇÃO, Emanuel Feitosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9405
Resumo: A mancha aquosa causada pela bactéria Acidovorax citrulli é uma das principais e importantes doenças da cultura do meloeiro nas áreas produtoras do Nordeste brasileiro e do mundo, devido ao seu potencial destrutivo e ausência de medidas de manejo eficazes. Diante disso, os objetivos principais do trabalho foram: (a) identificar acessos de meloeiro com fonte de resistência genética à mancha aquosa em diferentes estádios fenológicos da planta e testar a estabilidade dos acessos a múltiplos isolados de A. citrulli; (b) avaliar a eficácia de extratos aquosos de plantas do domínio fitogeográfico Caatinga no controle da mancha aquosa do meloeiro através do tratamento de sementes e plântulas. Adicionalmente, foi examinada a colonização de A. citrulli nos tecidos foliares das plântulas após infecção, sob análise de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Na seleção de fontes de resistência, A. citrulli CCRMAc1.12 foi inoculada em sementes (55 acessos), plântulas e plantas antes da floração (39 acessos), com severidade da mancha aquosa estimada com auxílio de escalas descritivas. Após o teste de estabilidade de seis acessos a três isolados da bactéria, foi avaliada a resistência dos acessos I-136 e A-43 em plantas nos estádios de floração e frutificação, teste de transmissibilidade e análises de microscópicas. Os frutos desses acessos não apresentaram sintomas da mancha aquosa e a transmissibilidade de A. citrulli pelas sementes foi de apenas 0,6% (I-136) e 2,5% (A-43); análises microscópicas evidenciaram poucas modificações estruturais e temporal na colonização de A. citrulli no mesófilo foliar. Dentre os oito extratos aquosos testados no controle da mancha aquosa, Croton heliotropiifolium, Ximenia americana e Ziziphus joazeiro, nas concentrações brutas, foram selecionados como os mais promissores, pois foram eficientes tanto no tratamento de sementes quanto na pulverização de plântulas, com níveis de controle de 56,76 a 94,14 %. As análises de microscopia óptica mostraram pouca colonização de A. citrulli nas folhas cotiledonares tratadas com esses três extratos e as estruturas celulares do mesofilo (parênquima paliçádico e lacunoso) estavam estruturadas e organizadas. Pouca agregação de células bacterianas, com pouca ou nenhuma colonização dos estômatos também foi verificado na MEV. Com os resultados obtidos sugere-se que os acessos A-43 e I-136 podem ser doadores de genes de resistência à mancha aquosa e os extratos aquosos de C. heliotropiifolium, X. americana e Z. joazeiro podem ser explorados como uma nova tecnologia para o manejo da mancha aquosa do meloeiro.