Epidemiologia comparativa das ferrugens marrom e alaranjada em genótipos de cana-de-açúcar
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9383 |
Resumo: | As doenças são consideradas fatores limitantes à produtividade da cana-de-açúcar. Dentre as mais relevantes destacam-se a ferrugem marrom (Puccinia melanocephala) e ferrugem alaranjada (Puccinia kuehnii), causando perdas entre 10 e 50% no rendimento da cultura. O estudo epidemiológico dessas doenças pode elucidar fatores relevantes na interação planta-patógeno-ambiente, a nível regional, e apontar parâmetros e variáveis úteis para a seleção de variedades resistentes dentro de programas de melhoramento genético da cultura. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a reação de genótipos de cana-de-açúcar às ferrugens marrom e alaranjada, por meio da quantificação de parâmetros e variáveis epidemiológicas. No campo, a severidade das doenças foi quantificada em 17 genótipos, sob condições de infecção natural dos patógenos, com auxílio de escalas diagramáticas, a cada 30 dias. A partir dos valores de severidade, foram construídas as curvas de progresso, e calculados os valores de Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). A reação dos 17 genótipos à ferrugem alaranjada também foi avaliada em casa de vegetação. Para tanto, plantas com 60 dias de idade foram inoculadas com suspensão de 1x104 urediniósporos.mL-1. Os períodos de incubação e latência foram determinados a partir de avaliações diárias. Após o aparecimento dos primeiros sintomas, a severidade e o número de pústulas por cm² foram quantificados nas folhas +1, +2 e +3. Em condições de campo, as curvas de progresso das ferrugens marrom e alaranjada apresentaram evolução gradual, com taxas de progresso distintas entre os genótipos. A Ferrugem alaranjada exibiu picos de severidade mais altos em relação à Ferrugem marrom. Quatro genótipos apresentaram resistência completa à Ferrugem marrom, e 12 apresentaram resistência parcial. Para a Ferrugem alaranjada, foram três e 13 genótipos, respectivamente. Em casa de vegetação, o período de incubação da Ferrugem alaranjada variou entre 7 e 11 dias e o período de latência entre 15 e 22 dias, na maioria dos genótipos. A folha +1 foi a que melhor representou a evolução da doença em casa de vegetação, sendo a mais apropriada para avaliação de variáveis epidemiológicas nessa condição. Houve concordância entre os resultados observados para ferrugem alaranjada em condições de campo e em casa de vegetação. Como observado neste estudo, a epidemiologia das doenças distingue-se em alguns aspectos, que foram elucidados por meio das respostas diferenciais dos genótipos avaliados. Genótipos com elevados níveis de resistência às duas doenças foram identificados e são promissores para uso comercial e/ou como parentais elite em programas de melhoramento genético da cana-de-açúcar. |