Controle químico da ferrugem alaranjada na cultura da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Collette, Lúcio de Paula [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/145032
Resumo: A ferrugem alaranjada, causada por Puccinia kuehnii, é uma importante doença na cultura da cana-de-açúcar, causando danos econômicos significativos aos produtores. É responsável por 20-40 % de perda em toneladas de cana por hectare e, além disso, provoca redução no teor de sacarose nos colmos. Diante desse contexto, o objetivo desse estudo foi determinar a eficácia dos fungicidas fluxapiroxade, do grupo químico carboxamida, com formulação de fluxapiroxade 300 g L-1 e a formulação contendo o fluxapiroxade + piraclostrobina (167 + 333 g L-1), comparados com os fungicidas padrões piraclostrobina + epoxiconazol (133 + 50 g L-1) e azoxistrobina + ciproconazol (200 + 80 g L-1). Para tal, foram conduzidos quatro experimentos, em condições de campo, no município de Santa Rita do Passa Quatro, estado de São Paulo, entre os meses de novembro de 2012 a abril de 2014. Foram empregadas as cultivares RB72454 e SP813250, plantadas no espaçamento 1,5 m entre linhas. Os tratamentos avaliados e as dosagens (em mL de produto comercial por hectare) foram: fluxapiroxade (167, 233, 300); fluxapiroxade + piraclostrobina (350), epoxiconazol + piraclostrobina (1000) e ciproconazol + azoxistrobina (300). O fungicida ciproconazol + azoxistrobina foi acrescido de 600 mL do óleo mineral Nimbus, enquanto nos demais fungicidas adicionou-se o óleo mineral Assist a 500 mL ha-1. As aplicações dos fungicidas, em número de três, e em intervalos mensais, deram-se mediante pulverizador costal pressurizado a CO2, com 30 lb-pol2, com bicos tipo leque Teejet 8002, e volume equivalente a 150 L.ha-1. Um tratamento correspondente à testemunha não recebeu aplicação com fungicida. Adotou-se o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Cada unidade experimental foi representada por parcelas constituídas por 6,0 m de largura e 10 m de comprimento, totalizando uma área de 60,0 m². As avaliações consistiram na determinação dos índices severidade dos sintomas, empregando-se escala de notas, em número de cinco avaliações. Também foi determinada a produtividade das plantas, em termos de tonelada de colmos de cana-de-açúcar por hectare. Com os dados de severidade foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Após análise de variância, as médias foram comparadas por meio de teste de médias, empregando-se o teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. Todos os fungicidas, independente se isolados ou em misturas, de forma geral demonstraram eficiência quando aplicados previamente ao aparecimento de sintomas da doença, em cana da cultivar SP813250, a qual apresentou baixo índice de severidade da doença. Porém, quando aplicados em plantas já sintomáticas, da cultivar RB72454, verificou-se um comportamento diferenciado dos tratamentos, com destaque para fluxapiroxade 300 g L-1 que, em doses superiores a 233 mL pc ha-1, foi estatisticamente semelhante aos padrões piraclostrobina + epoxiconazol e azoxistrobina + ciproconazol. O fungicida fluxapiroxade + piraclostrobina (167 + 333 g L-1), na dose de 350 mL pc ha-1 foi o mais eficiente, sendo superior aos padrões, independente das condições avaliadas.