Produtividade e rentabilidade de rúcula adubada com espécie espontânea, em duas épocas de cultivo
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6938 |
Resumo: | A rúcula é sensível às condições edafoclimáticas, apresentando ciclo e forma de condução semelhante ao cultivo de coentro na região Nordeste. Porém são poucas as informações sobre adubação orgânica e épocas de cultivo. Através de pesquisas, uma espécie vegetal de ocorrência espontânea na Caatinga tem demonstrado sua viabilidade na Olericultura quando incorporada ao solo como adubo verde. Denominada Flor-de-seda, esta planta pode incrementar a produtividade e lucratividade no cultivo de rúcula, sobretudo em condições de temperaturas amenas e fotoperíodo reduzido. Devido ao processo de mineralização e imobilização da matéria orgânica, o tempo de permanência no solo da Flor-de-seda influencia a disponibilidade de nutrientes ao longo do ciclo das hortaliças. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o desempenho agronômico e a rentabilidade do cultivo de rúcula cv. Cultivada em função de diferentes quantidades e tempos de incorporação ao solo do adubo verde Flor-de-seda, em duas épocas de cultivo (primavera-verão e outono), nas condições de Serra Talhada, Pernambuco. Em ambos os experimentos, o delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4, com três repetições, sendo o primeiro fator constituído pelas quantidades de Flor-de-seda (5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t ha-1 em base seca); e o segundo pelos tempos de incorporação ao solo (0, 10, 20 e 30 dias antes da semeadura da rúcula). As características agronômicas avaliadas foram: altura de plantas, número de folhas por planta, rendimentos de massa verde e massa seca. Foram determinados também os indicadores econômicos: renda bruta, renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade. A homogeneidade das variâncias foi aceita para todas as variáveis, possibilitando, assim, a realização de uma análise conjunta dos experimentos. Para as características agronômicas, houve respostas crescentes com o aumento na quantidade de Flor-de-seda. Uma sincronia entre o fornecimento de nutrientes pelo adubo verde e o período de máxima demanda pela rúcula foi observada no tempo de incorporação de 20 dias antes do plantio. A estreita relação C/N (25/1) da Flor-de-seda promoveu essa rápida mineralização da matéria orgânica. O cultivo no outono aumentou o ciclo da rúcula, proporcionando maior crescimento vegetativo devido à ocorrência de temperaturas médias próximas a 26 ºC e fotoperíodo abaixo de 12 horas. O ótimo desempenho agronômico da rúcula adubada com Flor-de-seda foi traduzido em termos monetários. Os gastos com mão-de-obra corresponderam em média a 69% dos custos de produção. Em virtude do aumento no preço da diária do trabalhador rural, as despesas com o preparo do adubo verde foram maiores no outono. O elevado rendimento de massa verde nessa época de cultivo possibilitou que a renda líquida fosse superior à primavera-verão. A quantidade de 12,2 t ha-1 de Flor-de-seda promoveu maior rentabilidade à produção de rúcula. A incorporação do adubo verde 20 dias antes do plantio da cultura também foi considerada ideal à viabilidade econômica da atividade. |