Potencial antioxidante de extratos de resíduos de acerolas (Malpighia Emarginata D.C.) em diferentes sistemas modelos e na estabilidade oxidativa do óleo de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: CAETANO, Ana Carla da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciências Domésticas
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5069
Resumo: A constatação de que os vegetais possuem substâncias biologicamente ativas, principalmente polifenóis, que trazem benefícios à saúde, tem impulsionado estudos sobre sua propriedade antioxidante. Assim, considerando que os resíduos gerados pela agroindústria de polpa de frutas, ainda, contém significante teores de compostos fenólicos, este trabalho teve como objetivo determinar o solvente e a temperatura mais eficiente para a extração destes fitoquímicos a partir de resíduos de acerola e avaliar o potencial antioxidante de seus extratos. Desta forma, extratos hidroacetônico,hidroetanólico, hidrometanólico e aquoso, obtidos por processo de extração seqüencial, em duas temperaturas (25 ± 2ºC e 50 ± 2ºC), foram avaliados quanto ao teor de compostos fenólicos, e a sua ação antioxidante em sistemas modelos, por meio do método da capacidade de seqüestro do radical DPPH• (1,1-difenil-2-picrilhidrazil), do radical ABTS•+ (2,2’-azino-bis- (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) e da inibição da peroxidação do ácido linoléico pelo método Tiocianato Férrico, bem como, em óleo de soja por meio do teste acelerado em estufa. Quanto ao teor de fenólicos, independente da temperatura usada no processo de extração, destacou-se o hidroacetônico por ter apresentado o mais elevado teor (5.954,2 μg em equivalente de catequina. mL-1). Os extratos hidroetanólicos e hidrometanólico exibiram forte capacidade de seqüestro do radical DPPH• (baixo valor de EC50 e de TEC50, alto valor de EA), elevada capacidade de seqüestro do radical ABTS•+ (1.445,1 e 1.145,5μMol TEAC/g, respectivamente), e forte proteção do ácido linoléico contra a peroxidação (96,12% e 91,84% respectivamente). Estes extratos, também, apresentaram boa capacidade em retardar formação de peróxidos e de dienos conjugados em óleo de soja. Os resultados obtidos permitem evidenciar que o procedimento envolvendo solventes orgânico-aquosos, três ciclos de extração e a temperatura de 25°C se mostrou eficaz na extração de fenólicos totais. O solvente hidroacetônico embora tenha propiciadoa extração de uma maior quantidade de fenólicos totais, a ação antioxidante deste extrato foi inferior a exibida pelos extratos hidroetanólico e hidrometanólico que, nas condições experimentais, exibiram a melhor ação antioxidante, tanto em sistema modelo como no teste acelerado em estufa. Desta forma, o resíduo agroindustrial de acerola apresenta-se como fonte de antioxidante natural, permitindo vislumbrar a sua utilização em alimentos em substituição ou em associação aos antioxidantes sintéticos.