Detecção de Xanthomonas spp. associadas a plantas daninhas em campos de produção de hortaliças no estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SANTOS, Leandro Victor Silva dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7844
Resumo: O gênero Xanthomonas de bactérias fitopatogênicas inclui diversas espécies que colonizam uma ampla gama de hospedeiros, sendo responsáveis por perdas significativas em culturas de interesse comercial. Entre estas espécies encontram-se as bactérias do complexo causador da mancha bacteriana das solanáceas (Xanthomonas vesicatoria, X. euvesicatoria, X. perforans e X. gardneri) e a espécie X. campestris pv. campestris, agente causal da podridão negra das brássicas. Devido infectarem uma vasta gama de hospedeiros, essas bactérias podem sobreviver nas plantas daninhas que crescem entre as linhas de cultivo. Portanto, este trabalho teve como objetivo detectar espécies de Xanthomonas em plantas daninhas em campos de hortaliças no estado de Pernambuco, região Nordeste do Brasil. Colônias bacterianas típicas do gênero Xanthomonas foram isoladas das plantas daninhas Aeollanthus suaveolens (CRM3), Amaranthus lividus (CRM11 e CRM16), Althernanthera philoxerioides (CRM42), Sida glomerata (CRM53) e Emilia fosbergii (CRM60), encontradas entre linhas de plantios de solanáceas e brássicas. A análise filogenética do gene gyrB juntamente com a utilização da PCR com primers específicos, possibilitou a identificação dos isolados como Xanthomonas euvesicatoria (CRM11, CRM16, CRM42, CRM53 e CRM 60) e X. campestris pv. campestris (CRM3). Os isolados de X. euvesicatoria mostraram-se patogênicos a plantas e frutos de tomateiro e pimentão, sendo CRM42 e CRM53 capazes de induzir podridão mole nos frutos. Os isolados CRM42, CRM53 e CRM60 degradaram pectato em menos de dois dias, o que caracteriza uma forte atividade pectinolítica. Além disso, os cinco isolados de X. euvesicatoria também apresentaram forte atividade amilolítica. O isolado CRM3 de X. campestris pv. campestris foi patogênico a todas as espécies de brássicas testadas (repolho, couve-comum, couve-flor e brócolis). Esse estudo demonstra a importância de plantas daninhas como hospedeiros alternativos e fontes de inóculo das bactérias X. euvesicatoria e X. campestris pv. campestris, sendo o primeiro relato destas plantas como hospedeiros dessas espécies de Xanthomonas.