Manipulação cromossômica em curimatã-pacu Prochilodus argenteus (Spix e Agassiz, 1829) : indução à triploidia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Larissa Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7052
Resumo: A manipulação cromossômica apresenta-se como uma ferramenta promissora nos programas de criação de peixes e de conservação biológica. Dentre elas, a indução à triploidia apresenta benefícios que vão desde a otimização da produção à minimização dos impactos causados na natureza pelos escapes de peixes cultivados. Tais benefícios ocorrem, principalmente, em virtude da característica mais provável dos triploides: a esterilidade; que permite que o gasto energético antes empregado no desenvolvimento gonadal seja realocado para o crescimento somático, podendo resultar em taxas de crescimento mais elevadas e na melhoria da qualidade do filé. A curimatã-pacu (Prochilodus argenteus) é um peixe endêmico do rio São Francisco muito apreciado por sua carne, que tem sua abundância comprometida pelos barramentos das hidrelétricas dessa bacia, e que apresenta grande potencial para a aquicultura extensiva. Nesse trabalho foi avaliado a eficiência de choques térmicos quentes e frios para indução à triploidia em curimatã-pacu. Para os choques frios (0 – 4 ºC), foram testadas aplicações aos 2,5 min, 5 min, 10 e 12 min pós-fertilização (mpf), com durações de 10, 15, 20 e 25 minutos. Os testes com choques quentes (39 e 41ºC) foram aplicados também aos 5 mpf com duração de três minutos. Para cada um dos choques testados foi mantido um grupo controle para avaliação da qualidade gamética. Nenhuma eclosão foi observada para os choques quentes. Para os choques frios, embora as taxas de triploidização não tenham sido obtidas para os testes realizados aos 2,5 e 12 mpf, os choques aplicados aos 5 mpf com duração de 25 minutos produziram 100% de triploides. Para os demais choques com 20, 15 e 10 minutos de duração, as taxas de triploidização obtidas foram de 89,12, 76,92 e 63,33%, respectivamente. Os animais foram mantidos em aquários por um período de 21 dias, no qual à exceção das taxas de fertilização e sobrevivência inicial, peso e tamanho não foram significativas entre diploides e triploides. Esse é o segundo protocolo com 100% de produção de triploides para uma espécie nativa brasileira e, o primeiro a conseguir esse feito com o uso de choques térmicos.