Além das formas, a bem dos rostos : faces mestiças da produção cultural barroca recifense (1701 - 1789)
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6185 |
Resumo: | Este trabalho aborda o processo de hibridização cultural no Recife setecentista a partir da trajetória de três personagens representativos da produção barroca local: Manoel Ferreira Jácome, mestre-pedreiro; João de Deus e Sepúlveda, pintor; e Luiz Alves Pinto, músico. Pretende-se, através da análise de suas influências e processo criativo, compreender os aspectos determinantes e intrínsecos relacionados à conjuntura recifense do século XVIII, marcada pela condição de centro mercantil e portuário de significativa importância no mundo colonial português. A partir do conceito de “sociabilidade cotidiana” as obras barrocas de tais artífices remetem a uma complexidade, estética e simbólica permeada por um caráter bem pragmático de ascensão social destes indivíduos, por elementos inerentes ao seu universo cultural mestiço e, sobretudo, por práticas corporativas, clientelismo e mutualistas. A pesquisa visa expor como, no contexto mercantil, urbano e cosmopolita setecentista e face a essas condições, os citados oficiais, oriundos das camada subalternas, chegaram a assumir “lugares de fala” na sociedade extremamente estratificada do Recife. Nesses “lugares de enunciação”, contribuíram para a irradiação da cultura barroca nas Capitanias do Norte do Brasil e mantiveram certa sintonia com Salvador e Rio de Janeiro, que eram, juntamente com Recife, os três principais entrepostos, centros administrativos, políticos e culturais no Brasil Colonial. Assim, como um trabalho vinculado à linha de pesquisa “cultura regional” do PPGH-UFRPE, esta dissertação parte das tensões e embates do cenário artístico do século XVIII na sede econômica da capitania de Pernambuco1 para permitir uma melhor compreensão do barroco local. |