Formação e manejo de um plantel de reprodutores do beijupirá (Rachycentron canadum) em Pernambuco
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6504 |
Resumo: | O beijupirá (Rachycentron canadum) é um peixe nerítico e epipelágico, de hábito ativo, devido à ausência de bexiga natatória, e com ampla distribuição em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos, exceto no leste do Pacífico. Apresenta um grande potencial para a aquicultura, principalmente pela sua elevada taxa de crescimento, alto valor comercial e carne de ótima qualidade. Em vista disso, o Departamento de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em parceria com a Aqualider Maricultura Ltda., iniciou os trabalhos de criação desta espécie por meio da formação de um plantel de reprodutores, a partir da captura de indivíduos selvagens. Os peixes capturados foram colocados em tanques com renovação de água e/ou oxigênio puro, transportados até o porto e, por via rodoviária (cerca de 70 km de distância), até o laboratório da Aqualider, no município de Ipojuca, PE. Após anestesia com óleo de cravo (15 a 20 ppm), foi realizada a identificação com marcas plásticas tipo TAG e o sexo determinado através da inserção de uma cânula de aproximadamente 1 mm no orifício urogenital do peixe. Após a reanimação da anestesia, os peixes foram profilaticamente tratados com solução de formol (100 ppm por 30 min) e água doce (máximo 5 min) para retirada de possíveis ectoparasitos. Vinte e nove exemplares foram capturados, dos quais apenas sete sobreviveram. As mortalidades foram mais frequentes no início das capturas. Com a cobertura dos tanques e a maior experiência da equipe, principalmente no manejo e nos procedimentos de aclimatação e tratamento contra parasitas, foi observada uma diminuição significativa na mortalidade. Apesar do número reduzido de reprodutores ao final do processo de aclimatação (duas fêmeas com peso médio de 14 a 16 kg, quatro machos com peso médio de aproximadamente 10 kg e um exemplar sem sexo definido), estes animais produziram 21 desovas fertilizadas e nenhuma desova infértil, as quais resultaram em um total de 48,7 milhões de ovos, dos quais, 24 milhões foram ovos fertilizados (taxa média de fertilização de 49,3%). Em comparação com estudos similares, os resultados aqui obtidos podem ser considerados excelentes. Fica, portanto, demonstrada a viabilidade da metodologia aqui empregada na formação do plantel e manejo de reprodutores de beijupirá. |